São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Compositor marca fase de transição

DA REPORTAGEM LOCAL

Rossini foi um grande inventor. Suas 39 óperas marcam a transição do classicismo ao romantismo e dão aos personagens feéricos ou históricos um perfil psicológico jocoso ou trágico que serviria de exemplo à produção italiana até o início do século 20. Há nele uma musicalidade em que as situações cômicas se beneficiam de seqüências de sons em "staccato" (notas secas e breves), um colorido incrível na orquestração e um melodismo com que só Verdi e Puccini, entre seus sucessores italianos, conseguiram rivalizar.
Ele escreveu óperas até os 37 anos -a última foi "Guilherme Tell", em 1829. Morreu com 76, enriquecido pelos direitos autorais de sucessos como "O Barbeiro de Sevilha" (1816).
Na maturidade, Rossini escreveu esporadicamente música sacra e peças vocais ou instrumentais de encantadora simplicidade. Deixou também 13 brochuras jocosamente chamadas "Cadernos de Velhice". Sabia já ter dado imensa contribuição à história da música e não hesitava em se dedicar a algo de grande prazer: a culinária. (JBN)


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