São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Entretenimento terá receita de R$ 3,8 trilhões

Segundo estudo mundial realizado pela Pricewaterhouse Coopers, essa indústria crescerá 6,4% ao ano até 2011

Maiores avanços ocorrerão em países como Brasil, Rússia, Índia e China; internet, TV e games são os setores que mais crescerão

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria do entretenimento crescerá 6,4% ao ano, em média, até 2011, quando sua receita baterá nos US$ 2 trilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões). Esse é o principal dado de um estudo da consultoria Pricewaterhouse Coopers, que será lançado em livro nos EUA (o site da empresa é www.pwc.com).
De acordo com o documento, intitulado "Global Entertainment and Media Outlook: 2007-2011", o principal avanço ocorrerá nos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China).
Como comparação: em 2006, a economia mundial cresceu 5,4%, em número do Fundo Monetário Internacional (FMI) -nas economias emergentes, o salto foi de 7,9%.
O estudo faz projeções para 14 segmentos dessa indústria, como os mercados de televisão, internet, música, cinema, games, livros, revistas e jornais.
Entre esses segmentos, os que terão um aumento mais rápido de receita serão internet, televisão e games. E muito disso ocorrerá com o desenvolvimento de tecnologias on-line e wireless (sem fio), que até 2011 serão responsáveis por metade do crescimento da indústria de entretenimento e mídia.
A conexão e a troca de conteúdo entre celular, TV, internet, a chamada convergência de plataformas, será o foco dos anunciantes -a internet é o meio em que a publicidade crescerá mais rapidamente: 18,3% até 2011, quando a receita alcançará R$ 140 bilhões.

Regiões
O estudo da Pricewaterhouse é dividido em regiões: Estados Unidos, EMEA (Europa, Oriente Médio e África), Leste da Ásia, América Latina e Canadá, num total de 58 países.
Até 2011, os Estados Unidos permanecerão como o mercado maior (R$ 1,45 tri), mas com o menor crescimento (5,3%). A EMEA chegará em 2011 a R$ 1,1 tri. A Ásia é quem mais crescerá: 9,6% ao ano, chegando a R$ 902 bi em 2011.
Já na América Latina a indústria do entretenimento crescerá 8,9% ao ano. Em 2011, a receita será de R$ 130 bi.

Segmentos
Entre os segmentos dessa indústria, apesar da pirataria, o setor de filmes (que engloba cinema e DVD) deve crescer de R$ 155 bilhões (em 2006) para R$ 198 bi (2011). O maior crescimento ocorrerá na Ásia (de R$ 32 bi para R$ 44 bi).
A internet, somando publicidade e receita gerada por acesso, abocanhou R$ 339 bi em 2006. Daqui a quatro anos, a fatia será, sempre de acordo com o relatório, de R$ 637 bi.
Os EUA são o maior mercado televisivo e, em 2011, continuarão na liderança. Entre publicidade e assinaturas, a TV nos EUA arrecadará R$ 163 bi em 2011. Na América Latina, o valor será R$ 23 bi.
A pirataria continuará sendo o grande problema da indústria fonográfica. Mas a esperança, segundo o estudo, está nos celulares. Em 2009, os aparelhos serão o formato digital dominante relacionado à música.
O maior mercado do mundo de videogames será a Ásia. Em 2011, essa região será responsável por R$ 36 bilhões de faturamento. Na América Latina, os games para computadores PC são os que terão o maior crescimento nos próximos quatro anos. No total, o mercado de videogames crescerá de R$ 61 bilhões em 2006 para R$ 94 bilhões em 2011.
O desenvolvimento de tecnologias on-line levará a um aumento do mercado dos "audio books" nos EUA. E, segundo a projeção da Pricewaterhouse, na América Latina os governos continuarão puxando as vendas de livros educativos.
(THIAGO NEY)


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