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Tumor cresce e agrava estado de Leandro
da Reportagem Local
A terceira sessão de quimioterapia pela qual passou o cantor Luiz
José Costa, o Leandro, 36, não
conseguiu parar o crescimento do
tumor. Segundo os boletins médicos divulgados pelo hospital São
Luiz, seu estado clínico passou de
"grave" para "muito grave"
"A situação está difícil. Apesar
da quimioterapia, o tumor cresceu", afirmou ontem a médica
Maria Lydia de Andrea.
Nessa terceira sessão, iniciada na
quinta-feira passada, Leandro foi
submetido a uma droga quimioterápica mais forte que as usadas nas
fases anteriores.
"Agora temos que aguardar."
Andrea não soube dizer o quanto
aumentou o tumor, mas disse que
ele "está empurrando tudo", inclusive o coração.
Segundo o boletim médico número 23, divulgado ontem, "o
quadro clínico do paciente e exames realizados demonstram aumento do tumor, que invade importantes estruturas vizinhas. O
paciente continua em estado muito grave, sedado e com respiração
assistida".
O documento é assinado pelos
médicos Ruy Marco Antonio,
Cláudio Petrilli e Maria Lydia de
Andrea.
Várias pessoas têm visitado
Leandro na UTI do hospital São
Luiz. Na noite de domingo, a família do cantor permitiu a entrada do
padre Marcelo Rossi e do médium
João de Deus. Ambos oraram por
alguns minutos ao lado do cantor.
O jogador de futebol Marcelinho
Carioca também visitou Leandro e
entrou na UTI. Marcelinho afirmou ainda que Leandro apertou
sua mão e que viu lágrimas saírem
dos olhos do cantor.
A assessora do cantor, Ede Cury,
atribuiu o fato a um "reflexo normal" e disse que, de agora em
diante, só Leonardo, parceiro e irmão de Leandro, entrará na UTI.
Hipertensão
O quadro de instabilidade cardiocirculatória e hipertensão arterial do cantor não mudou desde a
noite de sábado.
O coração de Leandro continua
acelerando (taquicardia) e desacelerando (bradicardia) alternadamente, o que caracterizaria uma
arritmia. Os médicos estavam tentando controlar esse quadro clínico com medicamentos.
Segundo o boletim anterior,
"essa situação traduz agravamento no quadro do paciente".
Entretanto, não é esse o principal problema do quadro clínico do
cantor sertanejo, mas sim o crescimento do tumor.
Leandro é portador de um tipo
raro de tumor, chamado Askin,
em seu mediastino, na cavidade
do pulmão direito. O tumor tem
ocorrência mais comum em crianças e é de tratamento extremamente difícil.
Uma semana
O cantor completou ontem uma
semana desacordado na UTI do
hospital São Luiz.
Leandro foi internado às pressas
na segunda-feira passada após sofrer convulsões seguidas de uma
parada cardiorrespiratória.
Na ocasião, o artista estava em
seu apartamento no Itaim. Por
acaso, os médicos oncologistas
Maria Lydia de Andrea e Cláudio
Petrilli estavam presentes no momento da crise e conseguiram reanimar o cantor.
No dia seguinte, foi anunciado
que Leandro tinha infecção generalizada. A razão era que seu sistema imunológico estava enfraquecido pela quimioterapia. A infecção foi controlada em seguida.
Na quinta-feira, Leandro foi
submetido a duas cirurgias. Além
disso, iniciou-se a terceira sessão
de quimioterapia.
A primeira cirurgia foi a colocação de uma prótese chamada
"stent" na veia cava superior de
Leandro. O tumor estava comprimindo a veia, que tem parede fina
e fácil de ser amassada. A prótese
foi colocada para manter o tumor
afastado e garantir o fluxo de sangue.
A outra cirurgia, chamada "embolização", consistiu na obstrução de seis artérias brônquicas de
Leandro.
As artérias brônquicas eram as
principais fontes de sangue que
alimentavam o tumor.
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