São Paulo, sábado, 23 de julho de 2005

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Amazônia antiga viu efervescência econômica

DA REPORTAGEM LOCAL

As bases sociais que permitiram o surgimento de uma arte elaborada entre os povos pré-históricos do Brasil ainda são motivo de polêmica entre arqueólogos. Contudo, há indícios apontando para uma Amazônia repleta de aldeias com milhares de habitantes, unida por redes de comércio e com organização política mais rígida do que a existente hoje.
Embora a região seja ocupada por humanos há pelo menos 11 mil anos, há indicações de que uma efervescência econômica começou a tomar conta da área há pouco mais de 2.000 anos. Há quem sugira a produção mais intensiva da mandioca como causa. O fato é que a cerâmica entra em cena, junto com a aparente presença de aldeias maiores e o solo conhecido como "terra preta", rico em matéria orgânica, parece ser o resultado da decomposição de lixo doméstico. Uma sugestão de que essas mudanças trouxeram especialização artística é o fato de que a elaborada cerâmica de Santarém ou de Marajó não era para o dia-a-dia -havia uma distinção clara entre os utensílios domésticos e os mais ornamentadas. (RJL)


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