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Outro lado
Museus valorizam coleções, diz MinC
Para Ministério da Cultura, investimento em infra-estrutura e conservação de obras "agregou valor" aos acervos emprestados
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Não são os museus que ganham com as coleções privadas
cedidas em comodato, como a
de João Sattamini, no MAC de
Niterói, mas as coleções que ganham com os museus, diz o diretor do departamento de museus do Ministério da Cultura,
José do Nascimento Junior.
"As coleções foram valorizadas pelos lugares onde elas estão, os museus. Esses museus
investiram, estudaram, catalogaram e, principalmente, conservaram e divulgaram essas
obras, ou seja, agregaram valor
às coleções", escreveu o diretor,
por e-mail, de Viena, onde participa de um congresso do Conselho Internacional de Museus.
Segundo ele, "tanto o MAC-Niterói como o MAM-Rio têm
investido nas suas infra-estruturas, com apoio financeiro do
governo federal, inclusive. Podemos perguntar quanto essas
instituições investiram para
manter conservadas essas coleções, quantos técnicos, quanto
em luz, água etc.". E conclui: "O
dinheiro investido na conservação até hoje daria para adquirir tais coleções".
Já o secretário da Cultura de
Niterói, André Diniz, afirmou,
por telefone, que espera conseguir um espaço para abrigar toda a coleção de Sattamini: "Eu e
o prefeito estamos empenhados em manter a coleção aqui.
Estamos conversando com os
Correios, que reforma um
grande edifício, de 1916, em Niterói, considerado o mais bonito da instituição, para que ele
receba toda a coleção que está
fora do museu".
Esse espaço seria ocupado
dentro de uma nova concepção:
"Ele irá exibir o acervo não só
em exposições permanentes
mas também será utilizado para pesquisa e formação de profissionais especializados em
restauração, além de ter uma
biblioteca especializada". Ainda segundo Diniz, o projeto está sendo analisado pela direção
dos Correios e Sattamini já foi
informado do andamento das
conversas.
(FABIO CYPRIANO)
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