Com reportagens e entrevistas, coleção da Publifolha tem carga tributária e terrorismo como temas iniciais

EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

A concorrência entre a mídia impressa e a internet reforçou, por parte dos jornais, a necessidade de aprofundamento dos temas abordados no noticiário. O ritmo da produção, no entanto, nem sempre favorece essa intenção. Para tentar preencher esse espaço, a editora Publifolha coloca neste mês nas livrarias a "Série 21", uma coleção com entrevistas, reportagens e ensaios.
"Diferentemente da coleção "Folha Explica", que tem um caráter mais enciclopédico, a nova série trata de assuntos de interesse público e imediato, e tenta ser ao mesmo tempo acessível e abrangente", diz o editor da Publifolha, Arthur Nestrovski, articulista da Folha. "É algo que nasceu da constatação de que existe tal demanda do público em relação aos jornais."
Os dois primeiros títulos da série já estão à venda. Em "Terror Global", o geógrafo especializado em relações internacionais Demétrio Magnoli, autor de "História das Guerras" (R$ 49; 480 págs.) e "História da Paz" (R$ 49; 448 págs.), ambos pela editora Contexto, analisa os resultados dos atentados de 11 de Setembro e o terrorismo global liderado pela Al Qaeda de Osama Bin Laden.
Em "A Escalada da Carga Tributária", o jornalista Gustavo Patu, coordenador de economia da sucursal da Folha em Brasília e autor de "A Especulação Financeira" (Publifolha; R$ 17,90, 96 págs.), traça um panorama da história recente dos tributos abordando, entre outros assuntos, os planos econômicos e os diversos tipos de impostos no Brasil.

Bolso
Em formato de bolso, os livros têm entre 70 e pouco mais de cem páginas e um preço único, R$ 12,90. A periodicidade de publicação não é fixa, mas a Publifolha pretende lançar cerca de seis volumes por ano.
Para novembro, a editora prevê o lançamento de "A Humanidade sem Raças", do geneticista Sérgio Pena, membro da Academia Brasileira de Ciências e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O livro aborda conceitos de raça e outras questões ligadas ao Projeto Genoma Humano.
"Queremos tratar não só questões do noticiário, mas também chamar a atenção para assuntos que ainda não foram suficientemente abordados pela imprensa", diz Nestrovski.


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