São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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ARTIGO

Esplendorosa rosa!

PAULO AUTRAN
ESPECIAL PARA A FOLHA

Tônia Carrero é companheira de tantos anos, cuja amizade iluminou toda a minha vida. Foi ela quem me trouxe ao teatro, quem me deu as primeiras noções de disciplina e de preparo necessárias à nossa profissão; quem me ensinou a generosidade e o amor.
Temos a mesma idade, mas ela é muitos, muitos, muitos anos mais moça do que eu. Tônia só me dá motivos para admirá-la cada vez mais, pelo talento, pela inteligência, pela coragem.
Em 1960, com a companhia montada, a Tônia-Celi-Autran, quisemos fazer a "A Visita da Velha Senhora". Celi e eu insistimos inutilmente. A resposta de Tônia era definitiva: "Não faço, não me sinto preparada para esse papel". Tivemos que desistir.
Agora, sozinha, ela conseguiu tudo. Fico imaginando a energia necessária para sair a campo à procura de patrocínio, reunir um elenco estelar desse tamanho, contratar todo mundo, diretor, cenógrafo, tradutor, músico, figurinista etc.
Essa mulher é um prodígio! De repente, vejo uma foto de Tônia pronta para entrar em cena em seu novo espetáculo. Que coisa, meu Deus! É uma moça belíssima, elegantérrima, com uma vida invejável nos olhos!
Repito: essa mulher é um prodígio! Eu e o público brasileiro só podemos dizer: "Obrigado por tudo, Tônia".


Paulo Autran, 80, é ator

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