São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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CRÍTICA AÇÃO

Ídolo teen mostra que é bom de briga em filme cheio de clichês

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de disparar o coração das adolescentes vivendo o lobisomem Jacob na saga Crepúsculo, Taylor Lautner continua fazendo furor em "Sem Saída", seu primeiro filme como protagonista.
Desta vez, ele demonstra uma enorme habilidade na "arte" de distribuir sopapos. A trama deste filme de ação recicla velhas receitas e parece decalcada de thrillers como "A Identidade Bourne" (2002), de Doug Liman, e "O Fugitivo" (1993), de Andrew Davis, que mostram homens em fuga buscando a verdade.
Lautner é Nathan Harper, um estudante colegial cujas preocupações se resumem a passeios de moto, ruidosas festas com os amigos e superar a timidez para conquistar Karen (Lily Collins), vizinha e colega de classe.

PANCADARIA
As relações com o pai, que adora trocar socos com o filho, parece ser o único dado atípico no mundo dourado deste adolescente abastado.
Mas tudo muda subitamente quando, ao fazer um trabalho escolar, Nathan descobre que seus pais não são exatamente o que imaginava. Em um estalar de dedos, ele passa a ser perseguido por um bando de gângsteres, fugindo para salvar a pele e descobrir quem realmente é.
Agentes secretos partem em seu encalço, mas não inspiram confiança no rapaz, complicando as coisas. A fuga tem valor de percurso iniciativo, pois Nathan acaba seduzindo Karen e é obrigado a superar um sem-número de provas. Bastante limitado como ator, Lautner só fica mais à vontade nas cenas em que demonstra ser bom de briga. Mas o pior está nos lugares-comuns que pululam no roteiro, que insiste nas cenas de pancadaria. Sem falar nas caricaturas ambulantes, como o sérvio chefe dos assassinos (Michael Nyqvist).

SEM SAÍDA
PRODUÇÃO EUA, 2011
DIREÇÃO John Singleton
COM Taylor Lautner e Lily Collins
ONDE Center Norte Cinemark 1, Espaço Unibanco Pompeia 2 e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO ruim


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