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Crítica
Documentários abordam nomes ligados à aviação
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O Canal Brasil dedica o dia à
aviação nacional, ou a certos
personagens dela. Às 16h25,
entra "Anésia, um Vôo no
Tempo", dedicado a Anésia Pinheiro Machado, primeira mulher no país a fazer um vôo solo.
Se essa referência, de 1922, é
a que mais chama a atenção em
seu currículo, está longe de ser
a única. De revolucionária, em
1924, a comandante de vôos intercontinentais com teco-teco,
foi alguém que não parecia capaz de resistir à aventura.
Em seguida, às 17h45, é a vez
de "Senta a Pua", que focaliza
os aviadores brasileiros que
serviram durante a Segunda
Guerra. Nos dois casos, mas especialmente no segundo, nos
damos conta da importância
que o cinema documentário
tem para o Brasil.
Por vezes, ele dá conta de
acontecimentos simples, mas
parece que, sem ele, ninguém
sabe nada. Nossa cultura literária é parca e pouco difundida. A
alternativa é a TV, quer dizer, a
barbárie. Não é por nada, mas
algo vai ter que ser corrigido
por aqui (e não é na economia,
essas coisas).
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