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Castro faz a cor ganhar o espaço e virar "volume"
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
As cores e as linhas das pinturas de Rodrigo de Castro, 50,
estão mais livres em sua nova
exposição individual, que é
aberta hoje para convidados na
galeria Millan Antonio.
Em 13 telas e cinco "volumes" -como ele chama os objetos de grande trabalho cromático que são exibidos no centro da galeria-, Castro desdobra os planos bidimensionais
das telas e os projeta no espaço.
"Essas obras estão mais livres, as linhas já não tem tanto
rigor. Dessa condição para que
as cores também ganhassem
espaço, foi um resultado natural", diz o artista mineiro radicado em São Paulo, filho de
Amilcar de Castro (1920-2002), um dos nomes máximos
da escultura brasileira.
Mas Castro não vê a criação
dos "volumes" como algo escultórico. "O escultor constrói sua
obra pensando na forma e no
espaço e na relação entre eles.
Já eu não penso nisso quando
faço os "volumes", e sim na cor."
Os desdobramentos da cor
no espaço podem adquirir
grandes formas, como o "volume" de 2,20 m de altura que, na
montagem da mostra, fica no
centro do espaço expositivo.
"Quando a cor transborda o
plano, aparecem relações inesperadas. As formas não são
iguais, podem vir cubos ou objetos mais alongados. Surgem
cores que não existiam. Tudo
isso dá muita vitalidade ao trabalho", diz o artista.
Em relação à série imediatamente anterior, que foi exposta
até agosto na galeria Paulo Darzé, em Salvador, o amarelo
(com tons esverdeados) e, principalmente, o verde surgem
com força nas telas.
"As cores dos quadros nunca
saem diretamente do tubo, vêm
de diversas misturas. O fazer é
uma grande escola", afirma ele.
RODRIGO DE CASTRO
Quando: de seg. a sex., das 10h às 19h;
sáb., das 11h às 15h; até 20/12
Onde: galeria Millan Antonio (r. Fradique Coutinho, 1.360, SP, tel. 0/xx/11/
3031-6007)
Quanto: entrada franca
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