JOÃO GILBERTO NOLL

A ferida na mão lhe sorria. Entre seus lábios aflorou a mesma linha em meia-lua, a expressar a mesma inexplicável satisfação. As duas leves ondulações de contentamento estavam ali, prontas. Não havia nada a fazer além de guardá-las. O melhor agora seria chegar ao destino. Mas antes de prosseguir ela alisou a cicatriz, de mansinho, é lógico, e sentou num café. Um homem mais velho olhava-a. Ela chamou-o gratuitamente de professor, perguntou as horas. "Eu lembro", ele respondeu. "Você assistia às aulas até com fervor, como se de fato gostasse..."


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