São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Monólogo recria intimismo em Borges

DA REPORTAGEM LOCAL

Começa pelo avesso. Os 25 espectadores adentram o espaço por meio do camarim. E já dão com o personagem. Espelhos pelo cenário, cadeiras conformadas tal labirinto e a sugestão de "sentidos desorientados" conotam o universo em que se pisa: o de Jorge Luís Borges (1899-1986).
São as primeiras coordenadas do monólogo "Memória do Mundo", que o ator João Paulo Lorenzon apresenta a partir de hoje, no Sesc Avenida Paulista.
Lorenzon concebe uma noite na vida de Borges. Traz a conversa impossível dele com Beatriz, a amada morta, e temas recorrentes, como a admiração pelo pai, a cegueira progressiva, a literatura, o realismo fantástico e a obsessão pelo infinito.
A intenção é dividir com o espectador as contradições, as dores, as indignações, "a ameaça da infinita felicidade que pode acontecer aos homens". O ator, dirigido por Elcio Nogueira, também deseja dar voz e corpo às visões sobre o mundo de um homem de gênio raro.
"A obra de Borges é fonte limpa nesses tempos opacos", diz.
Lorenzon teve a ajuda de dois especialistas em Borges na criação do texto: Júlio Pimentel Pinto e Davi Arrigucci Jr.


MEMÓRIA DO MUNDO
Onde:
Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista - espaço 12º andar (av. Paulista, 119, tel. 0/xx/11/3179-3700)
Quando: estréia hoje; qui., às 19h30 e às 21h; até 12/6
Quanto: R$ 2 a R$ 8


Texto Anterior: Parlapatões mostram criação inédita
Próximo Texto: Coreógrafa leva "mundo dos insetos" ao Soleil
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.