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Coreógrafa leva "mundo dos insetos" ao Soleil
DA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
Deborah Colker não está em
cena em "Cruel" por "culpa" do
Cirque du Soleil. Desde que ela
foi convidada oficialmente para
dirigir um espetáculo completo
do mais famoso circo do planeta, foram tantas idas e vindas a
Montreal (sede do grupo), que
a coreógrafa teve que abrir mão
de sua participação como bailarina no novo trabalho.
"É cruel não estar em cena,
mas ao mesmo tempo é muito
bom. Tenho mais tempo para
pensar nos detalhes", diz ela.
De fato, nos últimos seis meses ela já esteve no Canadá duas
vezes. Apesar do sigilo absoluto
que ronda o contrato, Colker
adianta alguns detalhes.
"O tema vai ser a natureza,
mais precisamente o mundo
dos insetos. Desde julho estamos com a mão na massa, ensaiando no palco." A coreógrafa
conseguiu após muita negociação incluir seu parceiro Gringo
Cardia no projeto. "Ele vai cuidar dos cenários como em todos os meus trabalhos."
O convite para que Colker dirigisse um espetáculo do Cirque du Soleil surgiu em abril de
2006, quando a companhia
brasileira se apresentava em
Londres. No final de uma das
apresentações, ela recebeu Gilles Ste-Croix, um dos cabeças
do circo no camarim.
"Ele fez o convite de cara, e
eu fiquei muda. Achei que fosse
para coreografar, e ele disse que
não, era para dirigir um espetáculo inteiro mesmo", lembra.
A estréia está marcada para
abril de 2009, em Montreal -e
sem previsão para turnê no
Brasil. Antes disso, Colker rompe outra barreira com sua companhia. Em junho, o grupo se
apresenta, pela primeira vez,
no Japão, com "Rota", espetáculo mais visto da companhia,
com cerca de 730 mil espectadores em 11 anos pelo mundo.
Em seguida, o grupo vai à China. A companhia continua sendo patrocinada pela BR Distribuidora, que, neste ano, injetará R$ 1,7 milhão no grupo.
(AP)
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