São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 2006

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Fotógrafo é bom craque das lentes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O paulistano Ed Viggiani, 48, pertence a uma geração de fotógrafos resistentes do documentário de autoria e de visão crítica. Resistente por ter passado por diversas redações sem perder o foco dos projetos pessoais. É preciso vencer a retranca num país em que publicar um livro de fotos significa driblar sozinho o time adversário para fazer um gol.
Bom de bola (há controvérsias) e craque absoluto das lentes e da composição em preto-e-branco, Viggiani foi assistente de Chico Albuquerque, pioneiro na fotografia publicitária no Brasil. Depois, iniciou o premiado ensaio "Irmãos de Fé", sobre religiosidade popular. Na religião ou no futebol, temas que, aliás, guardam muitas semelhanças, ele tem o dom de captar com cortes abruptos e uma capacidade rara de fazer invisível algo que vai além do assunto em si. Ao observar as imagens, fica patente que é da paixão humana e da identidade de grupo que as pessoas adquirem ao se associarem em torno desta paixão que ele faz sua narrativa.
Antes de "Brasileiros Futebol Clube", Viggiani havia concebido, coordenado e participado do livro coletivo "Brasil Bom de Bola" (98) e do imperdível "Brasil sem Fronteiras" (02), ambos da Tempo d'Imagem. (EDER CHIODETTO)


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