São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 2011

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CRÍTICA ROCK

Plateia deixa show de Macca "fascinante"

Público encantou o ex-beatle com vários cartazes com inscrição "na"; juntos formaram o refrão de "Hey, Jude"

THALES DE MENEZES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O maior compositor da história do pop sempre fará shows emocionantes. Mas, quando o público ajuda, fica bem melhor. É o que aconteceu com a plateia carioca e Paul McCartney na noite do último domingo (22).
De volta ao Rio após 21 anos, o cantor inglês fez no estádio Engenhão o show que todos esperavam.
O público, pouco menos do que os 45 mil lugares à disposição, iluminou pista e arquibancadas com luzes de celular durante as baladas, deu ao astro camisa da seleção com seu nome nas costas e encantou Paul durante a execução de "Hey Jude".
Centenas de pessoas levantaram pequenos cartazes com a inscrição "na", para brincar com o "na-nana-nananá" do refrão da canção. "Fascinante", disse Paul.
Mas o público demorou para esquentar. O set list foi fiel ao tocado há duas semanas no Chile e no Peru. A música de abertura, a beatle "Hello, Goodbye" não estava no repertório dos shows em Porto Alegre e em São Paulo, em novembro.
Aos 68 anos, a disposição do cantor impressiona. Sempre simpático, lendo em cartazes grudados no chão frases em português. No arranjo, Paul segue rígido as versões originais. Mesmo na devastadora "Live and Let Die", com fogos de artifício saindo para fora do estádio, falta descontração.
Como ele não se solta, só resta relaxar e reviver décadas de juventude perdida. A parte final é covardia. "Paperback Writer", "A Day in the Life", "Yesterday", "Get Back". É a trilha para celebrar a noite diante de um homem que mudou a música e um pouco do mundo.

PAUL MCCARTNEY

AVALIAÇÃO bom


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