São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

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Crítica

Trilogia vê o terror segundo Mojica, Person e Candeias

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Brasil não tem muito cinema de terror, o que acontece talvez porque tenhamos terror de sobra no cotidiano.
Ou não será a esse gênero que se filiaria, com toda justiça, o episódio em que um grupo de militares entrega alguns garotos para serem chacinados por um grupo rival?
José Mojica Marins, o especialista do gênero, sempre se colocou essa questão: onde está, efetivamente, nosso terror? Está na sua capa preta, nas unhas compridas, na retórica meio pernóstica?
Não. Está na verdade nos insetos que caminham sobre os corpos, na visão infernal de corpos doloridos, amontoados, agrilhoados. "Trilogia do Terror" (Canal Brasil, 0h30) é uma bela decorrência do sucesso de Mojica e seu Zé do Caixão nos anos 60. O gênero ganhou notoriedade e, de repente, certa nobreza. Fizeram-se três episódios. A Mojica vieram se juntar os prestigiosos Luís Sérgio Person e Ozualdo Candeias. Candeias, que também sempre esteve mais próximo de nosso terror cotidiano, se dá melhor.


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