INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Tarzã, o Filho da Selva
SBT, 14h15.

(Tarzan, the Ape Man). EUA, 1981, 111 min. Direção: John Derek. Com Bo Derek. John Derek dedica-se à sua atividade essencial: expor as formas de sua mulher.

Um Drink no Inferno 2
Globo, 23h30.

(From Dusk Till Dawn 2 - Texas Blood Money). EUA, 1996, 88 min. Direção: Scott Spiegel. Com Robert Patrick. Bandidos passam a noite na fronteira com o México, território de vampiros celebrizado pelo primeiro filme da série.

Los Angeles, Cidade Proibida
SBT, 23h45.

(L.A. Confidential). EUA, 1997, 138 min. Direção: Curtis Hanson. Com Kevin Spacey. Policiais investigam submundo de Los Angeles à moda dos filmes noir.

Depois daquela Noite
Bandeirantes, 1h45.

(Midnight Blue). EUA, 1996, 94 min. Direção: Skott Snider. Com Damian Chapa. Após passar incrível noite de prazeres em companhia de uma prostituta, executivo solitário se apaixona por ela. Mas ela some.

Feitiço de Estrela
SBT, 2h15.

(Star Struck). EUA, 1994. Direção: Jim Drake. Com Kirk Cameron. Menino e menina de 12 anos se apaixonam. Depois se separam e nunca mais se vêem. Ao saber que ela vai casar, o jovem, agora um homem, tenta se aproximar dela.

Um Dia em Nova York
Globo, 3h10.

(The Daytrippers). EUA, 1996, 87 min. Direção: Greg Mottola. Com Hope Davis. Ao descobrir carta endereçada ao marido por, aparentemente, uma amante, mulher vai em busca do seu homem.

A Letra Escarlate
SBT, 4h.

(The Scarlet Letter). EUA, 1995, 135 min. Direção: Roland Joffé. Com Demi Moore. Em 1666, a bela colona Hester chega à América, vinda da Inglaterra e precedendo o marido. Independente, ela se apaixonará pelo pastor e até engravidará dele. (INÁCIO ARAUJO)

TV PAGA

Bette e Björk dão tom ao fim de semana

CRÍTICO DA FOLHA

O fim de semana começa e termina sob o signo de interpretações femininas memoráveis: a Bette Davis de "Pérfida", a Björk de "Dançando no Escuro", a Jessica Lange de "O Destino Bate à Sua Porta".
Mas os filmes não se limitam a isso. Cada plano de William Wyler em "Pérfida" (hoje, Telecine Classic, 16h35) é feito com tanto esmero que hoje sentimos mais o esmero do que a história.
O mesmo se dá com as posições de câmera, que parecem ter sido procuradas à exaustão, com a fotografia de Gregg Toland, ou com os atores -em particular Davis: seu virtuosismo parece passar para trás a trama de Lillian Hellman.
Estávamos em 1941 e Wyler era o grande diretor de prestígio de Hollywood. Com o tempo, sua obra parece menos apta à fruição do que ao estudo do cinema. Como se cada cena se prestasse a ser desmembrada e analisada, elemento por elemento. Cada um deles é exemplar, mas a somatória tem algo de envelhecido, o que não ocorre com "O Colecionador" (1964) e "A Libertação de L.B. Jones" (1970).
O domingo é mais farto em opções, tanto na Net como na TVA. Na primeira, o destaque principal é "El Dorado" (22h), que reúne John Wayne e Robert Mitchum num faroeste de Howard Hawks.
"Dançando no Escuro" (Telecine Emotion, 18h), de Lars von Trier, é um musical a não esquecer, seja por Björk, seja pela capacidade de Trier em absorver a história do melodrama e renová-la.
Na seara da TVA as coisas vão um pouco mais devagar. O setor descompromissado é suprido pelo blockbuster "As Panteras" (HBO, 17h). O principal, de longe, está na madrugada: "O Destino Bate à Sua Porta" (HBO, 4h), de Bob Rafelson. Aqui, ele torna o erotismo mais explícito, sem nada perder em poder de sugestão, em parte graças às presenças de Jessica Lange e Jack Nicholson.



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