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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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FILMES DE HOJE

TV ABERTA

"Fé" analisa cenário que abriga a religiosidade

Missão Impossível
Globo, 13h05.    
(Mission: Impossible). EUA, 96, 110 min. Direção: Brian de Palma. Com Tom Cruise, Jon Voight. Adaptação da clássica série de TV dos anos 60. Aqui, Cruise é o agente que tenta descobrir o que afinal saiu errado (e por que) numa missão.


Cultura, 15h30.    
Brasil, 98. Direção: Ricardo Dias. Documentário que procura fornecer uma visão abrangente sobre a fé (e as pessoas de fé) no Brasil, isto é, não apenas seu aspecto propriamente religioso, mas tudo o que a cerca, inclusive a política e a economia. A conferir.

Bud, o Cão Amigo
Bandeirantes, 18h.  
(Air Bud). EUA/Canadá, 97, 97 min. Direção: Charles Martin Smith. Com Michael Jeter, Kevin Zegers. Garoto introvertido não consegue fazer amigos em uma cidade. Até que faz amizade com um cachorro hábil no basquete.

Voando para o Alasca
Record, 18h30.  
(Higher Ground). EUA, 88, 95 min. Direção: Robert Day. Com John Denver, Meg Wittner. Piloto (Denver) investiga a morte de seu sócio em companhia de aviação que operava no Alasca.

O Jogo da Morte 2
Bandeirantes, 20h30.  
(Game of Death 2). Hong Kong, 81. Direção: Ng See-Yuan. Com Bruce Lee, Tong Lung. Bruce Lee entra aqui sobretudo com o nome e cenas antigas (seu último filme foi "O Jogo da Morte", de 1979). Aqui, seu irmão procura o homem que o assassinou.

Romeu Tem que Morrer
SBT, 22h.   
(Romeo Must Die). EUA, 2000, 115 min. Direção: Andrzej Bartkowiak. Com Jet Li, Aaliyah Delroy Lindo. Tira de Hong Kong investiga a morte do irmão, que era gângster nos EUA. Descobre que ele era rival de uma gangue de negros.

Queima de Arquivo
Globo, 22h55.   
(Eraser). EUA, 96, 115 min. Direção: Charles Russell. Com Arnold Schwarzenegger, Vanessa Williams. Arnold é aqui um especialista em evitar que testemunhas sejam eliminadas. No caso, deve proteger executiva de empresa que está vendendo armas secretas dos EUA para outros países.

Balada Sangrenta
Bandeirantes,0h30.    
(King Creole). EUA, 58, 116 min. Direção: Michael Curtiz. Com Elvis Presley, Carolyn Jones. Elvis trabalha em um bar, enquanto espera sua chance como cantor. Ela virá, mas não sem algumas complicações, que aliás servem para animar o roteiro.

O Urso
Globo, 0h55.   
(L"Ours). França, 88, 92 min. Direção: Jean-Jacques Annaud. Com Tcheky Karyo, Jack Wallace. Karyo e Wallace são os caçadores às voltas com filhote de urso e, de modo geral, com ursos e o mundo animal, que conspurcam.

Helen Keller - O Milagre Continua
Globo, 2h30.   
(Helen Keller: The Miracle Continues). EUA, 84. Direção: Alan Gibson. Com Blythe Danner, Mare Winningham. Na história original (filmada em 1962, por Arthur Penn), a educadora Annie Sullivan conseguia resultados miraculosos ao contactar, primeiro, e depois educar a jovem Helen Keller, cega, surda e muda. (IA)

TV PAGA

"Miss Simpatia" questiona a mulher moderna

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

No filme "Miss Simpatia", Sandra Bullock é uma agente do FBI que deve, para o bem da pátria e de investigações em torno de atentados, despir seus ares de garoto e concorrer a Miss EUA.
O que vem a seguir parece um caso de ingenuidade programada. Por exemplo, a trama se permite todas as preguiças, todas as licenças para que as coisas se ajeitem da maneira que melhor convém ao filme.
No entanto, o público foi fiel a "Miss Simpatia" e nem notou suas inúmeras deficiências. É que, em troca, este filme produzido pela própria Sandra Bullock coloca de maneira muito sensível a situação contemporânea da mulher.
No passado, os concursos de miss exprimiam bem o que a mulher devia ser: alguém que lê "O Pequeno Príncipe" e torce pela paz mundial. Ou seja, alheia ao mundo.
Esses concursos, preservados em formol, hoje não têm o apelo normativo de outros tempos. Como deve ser a mulher, enfim? Ou, mais amplamente, o que é a mulher?
Ela pode muito bem ser a mulher que vai à luta, com revólver em punho, como a agente deste filme, ou alguém que, mais metaforicamente, enfrenta o mundo com armas em princípio menos letais. O certo é que ela é primordialmente uma profissional, integrada ao mundo da produção.
O que Sandra Bullock vem dizer com este filme é que essa nova condição talvez não esgote inteiramente a mulher. É um pouco como aquela feminista famosa que, certo dia, revelou que gostava de fazer bolos -e o mundo quase veio abaixo.
Não é nada muito complicado, mas é justamente essa falta de complicação que faz o sucesso: essa dúvida que percorre milhões de cérebros, femininos ou não, aqui é posta ao alcance de todos, sem humilhar ninguém. E até com certo humor.


MISS SIMPATIA. Quando: hoje, às 17h15, no HBO.


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