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Virei uma folha em branco, afirma diretor
RACHEL SHIELDS
DO "INDEPENDENT"
O cineasta dinamarquês
Lars von Trier, 51, afirma
que não sabe quando filmará novamente porque
está deprimido e incapaz
de trabalhar.
Depois de dar entrada
em um hospital no início
deste ano, ele perdeu o foco do seu trabalho, afirmou ao jornal "Politiken",
um dos mais importantes
de seu país.
"Me sinto como uma folha em branco", explicou o
diretor de "Dogville" e
"Dançando no Escuro".
"É muito estranho para
mim porque sempre tive
pelo menos três projetos
na cabeça ao mesmo tempo", completou.
"Você não pode fazer
um filme e estar deprimido ao mesmo tempo. Dizem que você pode demorar uns dois anos para se
recuperar de uma depressão, mas vamos ver."
Ele ainda disse que não
está seguro para realizar o
terror "Antichrist", cujas
filmagens, pelo cronograma inicial, já deveriam ter
começado. No filme, o Demônio é o criador do mundo, não Deus. ""Antichrist"
seria meu próximo filme,
mas agora não sei mais."
Von Trier ajudou a criar
o movimento Dogma 95,
que pregava banir cenário,
iluminação e edição de
som, como forma de desnudar a produção.
Crítico contumaz da sociedade americana, o cineasta, que tem medo de
voar, nunca foi aos EUA.
Ele reclamou, neste ano,
da influência norte-americana na sua vida, mesmo
vivendo na Dinamarca.
"Nós todos estamos sob
influência -e é uma influência muito ruim- dos
EUA", disse ele. "No meu
país, tudo tem a ver com os
EUA. É como se os Estados Unidos estivessem
sentados sobre o mundo."
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