São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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COMENTÁRIO

Filosofia de Gordon Gekko tornou-se um símbolo da América corporativa

CRÍTICO DA FOLHA

Oliver Stone é responsável por dois dos personagens mais marcantes do cinema na década de 1980: Gordon Gekko, o tubarão das finanças de "Wall Street: Poder e Cobiça" (1987), e Tony Montana, o gângster cubano interpretado por Al Pacino em "Scarface" (1983), filme de Brian De Palma que Stone escreveu.
Gekko e Montana viraram "cults". No mundo do hip-hop, então, são reis.
Pergunte a qualquer rapper americano com mais de 40 anos quem são seus heróis das telas e a chance de ele citar os dois é enorme.
A famosa frase pronunciada por Gekko, "greed is good" ("a ganância é boa"), tornou-se um símbolo da América corporativa e já foi repetida em artigos de jornal e programas de televisão.
Séries da TV americanas como "The Office", "Chuck" e "White Collar" já fizeram menções ao personagem.
Em 2008, logo depois da crise financeira mundial, o então primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, referiu-se aos especuladores de Wall Street como "os filhos de Gordon Gekko".
E, se no primeiro "Wall Street" Gordon Gekko falava pérolas como "a ganância captura a essência do espírito evolucionário", neste novo filme ele não fica para trás.
"Vamos combinar uma coisa", ele diz a um rival. "Você pare de contar mentiras sobre mim e eu paro de contar verdades sobre você."
(ANDRÉ BARCINSKI)


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