São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Argentino censurado na Bienal insiste em continuar na exposição

DE SÃO PAULO - Após ter tido sua obra vetada pela curadoria da 29ª Bienal de São Paulo, por simular uma campanha eleitoral com imagens dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), o artista argentino Roberto Jacoby diz ter tido ontem novos atritos com os organizadores.
Segundo Jacoby, a produção tentou impedir a entrada de convidados argentinos que realizariam ali uma série de atividades previamente programadas -como oficinas e seminários- em que se discutiriam temas políticos.
"Falei que íamos chamar os jornais se não nos deixassem passar", afirmou o artista. "E então, liberaram."
Diretor de produção da Bienal, Emilio Kalil disse não ter havido impedimentos por parte da fundação e que Jacoby "tem exercido truculência".
"Ele começou a fazer esse tipo de acusação desde que falamos que não seria interessante continuar a fazer aquela pseudocampanha", afirmou.
Kalil enfatizou que as atividades ocorrerão desde que não haja pronunciamento político direto sobre nenhum dos candidatos.
A instalação "El Alma Nunca Piensa Sin Imagen (a alma nunca pensa sem imagem)" foi tapada anteontem, depois que a curadoria da Bienal recebeu notificação da Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo afirmando "ser vedada a veiculação de propaganda nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público", caso do pavilhão no Ibirapuera. (JULIANA VAZ)


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