São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2008

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sem crise

Max Mara vai ampliar negócios no país

Apesar da crise financeira mundial, que deixou o mercado da moda de orelhas em pé, a grife italiana Max Mara conduz, a todo vapor, seu plano de expansão comercial no Brasil.
Na última semana, Daniele Indovina, diretor de marketing da marca, desembarcou em São Paulo e emendou um tour por algumas capitais do país para coordenar novas campanhas e agilizar os planos para a abertura de duas novas filiais.
"Temos a política de não divulgar prazos e datas exatos, mas a Max Mara deve chegar a Brasília e a Porto Alegre entre 2009 e 2010. Visitei essas duas cidades e fiquei muito empolgado", afirmou à Folha.
A Max Mara trabalha com sistema de franquias no Brasil, que é um dos maiores mercados da grife na América Latina.
A primeira loja brasileira da marca, comandada pela empresária Angelica Wrinkler, funciona na rua Haddock Lobo desde 1998. "Nós nos preocupamos muito com a localização das unidades, e Angelica nos colocou no melhor ponto dos Jardins", disse Indovina.
A marca também tem uma loja no shopping Iguatemi, em São Paulo, e outra em Curitiba.

De olho nas jovens
Segundo Indovina, não há planos para a abertura de lojas próprias no Brasil, controladas diretamente pela matriz italiana. "Nossas lojas próprias estão sobretudo na Europa e nos EUA. Elas custam muito caro e precisam de uma supervisão diferenciada", analisa.
Em termos de marketing, o objetivo da grife é alcançar a atenção das consumidoras mais jovens, entre 20 e 25 anos. A imagem da Max Mara é a de uma mulher madura, de perfil executivo. Mundialmente, as peças mais vendidas da marca são os casacos e mantôs (o na cor camelo, lançado em 1982, é o ícone da grife), que no Brasil custam em média R$ 5 mil.
"Queremos mostrar à brasileira que a Max Mara possui uma gama ampla de produtos e que pode agradar da avó à neta. Faremos diversas ações promocionais para revelar essa nossa faceta jovial", adianta o executivo. Além da Max Mara, o grupo tem outras 28 marcas.

Carla Bruni
A Max Mara foi fundada em 1951 por Achille Maramotti, e hoje é controlada por seus filhos Luigi, Ignazio e Maria Ludovica. A grife, que no início era dedicada a roupas de gala masculinas, já foi desenhada por grandes nomes do mundo da moda, como Karl Lagerfeld e a dupla Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Atualmente, trabalha com equipes de estilo.
O último grande hype da maison italiana rolou nos anos 80, mas a grife acaba de voltar aos noticiários graças à primeira-dama francesa, Carla Bruni, que usou um modelo Max Mara para visitar o dalai lama. A ex-modelo foi garota-propaganda da grife nos anos 90.
Na contramão do pânico gerado pela crise mundial, Indovina afirma que o grupo Max Mara deve seguir seu cronograma de negócios sem adotar nenhuma medida emergencial. "Há certo exagero no ar e, por enquanto, não acreditamos que o mercado de luxo sofrerá grandes perdas. Nesse momento continuamos firmes em nossos planos de expansão", disse.

com VIVIAN WITHEMAN


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