|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
sem crise
Max Mara vai ampliar negócios no país
Apesar da crise financeira
mundial, que deixou o mercado
da moda de orelhas em pé, a grife italiana Max Mara conduz, a
todo vapor, seu plano de expansão comercial no Brasil.
Na última semana, Daniele
Indovina, diretor de marketing
da marca, desembarcou em São
Paulo e emendou um tour por
algumas capitais do país para
coordenar novas campanhas e
agilizar os planos para a abertura de duas novas filiais.
"Temos a política de não divulgar prazos e datas exatos,
mas a Max Mara deve chegar a
Brasília e a Porto Alegre entre
2009 e 2010. Visitei essas duas
cidades e fiquei muito empolgado", afirmou à Folha.
A Max Mara trabalha com
sistema de franquias no Brasil,
que é um dos maiores mercados da grife na América Latina.
A primeira loja brasileira da
marca, comandada pela empresária Angelica Wrinkler,
funciona na rua Haddock Lobo
desde 1998. "Nós nos preocupamos muito com a localização
das unidades, e Angelica nos
colocou no melhor ponto dos
Jardins", disse Indovina.
A marca também tem uma
loja no shopping Iguatemi, em
São Paulo, e outra em Curitiba.
De olho nas jovens
Segundo Indovina, não há
planos para a abertura de lojas
próprias no Brasil, controladas
diretamente pela matriz italiana. "Nossas lojas próprias estão
sobretudo na Europa e nos
EUA. Elas custam muito caro e
precisam de uma supervisão diferenciada", analisa.
Em termos de marketing, o
objetivo da grife é alcançar a
atenção das consumidoras
mais jovens, entre 20 e 25 anos.
A imagem da Max Mara é a de
uma mulher madura, de perfil
executivo. Mundialmente, as
peças mais vendidas da marca
são os casacos e mantôs (o na
cor camelo, lançado em 1982, é
o ícone da grife), que no Brasil
custam em média R$ 5 mil.
"Queremos mostrar à brasileira que a Max Mara possui
uma gama ampla de produtos e
que pode agradar da avó à neta.
Faremos diversas ações promocionais para revelar essa
nossa faceta jovial", adianta o
executivo. Além da Max Mara,
o grupo tem outras 28 marcas.
Carla Bruni
A Max Mara foi fundada em
1951 por Achille Maramotti, e
hoje é controlada por seus filhos Luigi, Ignazio e Maria Ludovica. A grife, que no início era
dedicada a roupas de gala masculinas, já foi desenhada por
grandes nomes do mundo da
moda, como Karl Lagerfeld e a
dupla Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Atualmente, trabalha com equipes de estilo.
O último grande hype da
maison italiana rolou nos anos
80, mas a grife acaba de voltar
aos noticiários graças à primeira-dama francesa, Carla Bruni,
que usou um modelo Max Mara
para visitar o dalai lama. A ex-modelo foi garota-propaganda
da grife nos anos 90.
Na contramão do pânico gerado pela crise mundial, Indovina afirma que o grupo Max
Mara deve seguir seu cronograma de negócios sem adotar nenhuma medida emergencial.
"Há certo exagero no ar e, por
enquanto, não acreditamos que
o mercado de luxo sofrerá grandes perdas. Nesse momento
continuamos firmes em nossos
planos de expansão", disse.
com VIVIAN WITHEMAN
Texto Anterior: Ferragamo exibe sua história Próximo Texto: Ellen Lupton investiga as bases do design em livro Índice
|