|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Mostra e Bienal fazem parceria para exibir longas em terreiro
DANIEL MÉDICI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ambas estão entre os mais
badalados eventos culturais
da cidade e com frequência
ocorrem simultaneamente.
Mas este ano é o primeiro
em que a Bienal de Artes e a
Mostra Internacional de Cinema atuam em parceria.
Até o próximo dia 4/11, o
terreiro "A Pele do Invisível",
espaço reservado à exibição
de vídeos na Bienal, terá a
programação composta por
filmes da Mostra -desta edição ou das passadas. A programação dos filmes está em
www.29bienal.org.br.
A iniciativa do projeto partiu de Emilio Kalil, produtor-executivo da Bienal.
O local de exibição, porém, conserva algumas peculiaridades. A principal delas é que o espaço permanece aberto ao longo de toda a
projeção, para que os espectadores possam entrar e sair
a qualquer hora -exigência
da política da exposição.
Para Pedro França, coordenador do programa dos
terreiros, o espaço visa modificar a própria relação entre
o filme e seu consumidor.
"Essa parceria vem num
momento muito propício, no
qual a sala de cinema não
parece mais ser o lugar por
excelência da experiência fílmica", afirma.
Renata de Almeida, codiretora da Mostra, concorda
com França. "Vemos que a linha divisória entre cineastas
e artistas tem se tornado
mais tênue. Como no caso do
Wim Wenders", diz.
ESCOLHA
A Mostra buscou montar o
programa considerando as
condições atípicas nas quais
ele seria exibido.
"A escolha dos filmes obedeceu a uma lógica de sedução", diz Leon Cakoff, diretor
da Mostra, ressaltando que o
espectador entra em contato
com a obra sem saber necessariamente do que se trata.
"Nós pensamos em filmes
que, em cinco minutos de
qualquer trecho, pudessem
entregar boas imagens a
quem estiver assistindo",
afirma Renata de Almeida.
É o caso, segundo Cakoff,
dos cinco títulos do chinês Jia
Zhang-ke selecionados para
o espaço. Ou das nove produções assinadas pelo russo
Aleksandr Sokúrov.
Aparecem também realizações mais raras, como as
de Artavazd Pelechian, ao lado de outras já consagradas,
como "Arquitetura da Destruição", de Peter Cohen.
"Esta é a proposta dos terreiros, criar um espaço de
aproximação entre as artes
plásticas e outras formas de
expressão", afirma França.
FILMES DA MOSTRA NA
BIENAL
QUANDO até 4/11
ONDE parque Ibirapuera, portão 3
(av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, tel.
0/xx/11/ 5576-7600)
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO não informada
Texto Anterior: Crítica/Ação: Sem originalidade na direção, Ben Affleck tenta imitar antigos filmes de gângster Próximo Texto: Crise põe "paraíso" de artistas à venda Índice | Comunicar Erros
|