São Paulo, segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

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Crítica

O homem é sempre um ser de mistérios

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Ser outro, ser de outro lugar, de outro mundo, não é um tema estranho à experiência argentina. Em "Valentim", de Alejandro Agresti, por exemplo, o sonho do menino é se tornar astronauta.
Em "Homem Olhando a Sudeste" (Canal Brasil, 19h30), de Eliseo Subiela, estávamos bem próximos do fim da ditadura militar (o filme é de 1986), de maneira que a conjunção ali encontrada não parece fora de propósito: existe um asilo psiquiátrico e, ali, um homem que diz ser de outro planeta.
É claro que este filme nos remete à tradição do fantástico na literatura argentina. Mas convém perguntar se esse homem tão único será assim tão diferente daquele de "O Homem do Oeste" (Max Prime, 22h30), o clássico em que Anthony Mann revela, na pessoa de Gary Cooper, as complexidades de uma figura que, em princípio, nos parece tão evidente.
Num hospício do Sul ou nas planícies do Oeste, o homem é sempre um ser de mistérios.


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