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Teatros engrenam temporada em 450 atos
DA REDAÇÃO
Os teatros de São Paulo vão reaquecendo a temporada pouco a
pouco, após o breve recesso de
fim de ano. No fim de semana dos
450 atos, a cidade se reencontra
com companhias, peças e diretores já célebres na cena.
Poucos diretores serão tão identificados com São Paulo quanto o
profeta de Araraquara José Celso
Martinez Corrêa, que prossegue a
epopéica adaptação de "Os Sertões", de Euclydes da Cunha. São
mais de seis horas de peça, é verdade, mas não é todo dia que dois
clássicos se defrontam no palco.
Outra companhia que não nega
as raízes é a dos Parlapatões, Patifes e Paspalhões. Se lhes cabe ainda outro "p", é o de "Paulistanos".
A trupe reestréia "As Nuvens e/
ou um Deus Chamado Dinheiro",
sucesso do ano passado.
Nem tão paulistano era Plínio
Marcos, nascido em Santos, mas
como negar os traços vivos do desespero urbano das capitais na
sua obra? Vale prestigiar um de
seus melhores textos, "Navalha na
Carne", com Cácia Goulart e Edmilson Cordeiro.
E, como se trata de uma metrópole, não é preciso ser nascido
aqui para fazer parte do fantástico
painel dramático paulistano. Há
espaço para cariocas, baianos, inglesas, portugueses, franceses etc.
Leia o roteiro ao lado e entenda
esse universo à boca de cena.
(MÁRVIO DOS ANJOS)
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