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Crítica
"O Código Da Vinci" não passa de trama policial
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
De tempos em tempos a humanidade se deixa levar por
paixões tão avassaladoras
quanto fugazes. Há alguns
anos, um best-seller levantava
a hipótese de Jesus Cristo não
apenas ter mantido relações sexuais com Maria Madalena, como de ter criado uma descendência tão ilustre quanto tornada secreta pelo Vaticano (entende-se: o filho do filho de
Deus seria o neto de Deus?).
O livro gerou uma série de filhotes, também campeões de
venda (vice-campeões, no caso)
e "O Código Da Vinci" (AXN,
22h), o filme, em que Tom
Hanks e Audrey Tautou dedicam-se ao mistério, a partir da
investigação de um assassinato. O filme chegou tarde.
A promessa de abalar a cristandade, do livro, já estava
caindo em desuso.
Mas ver as revelações que
por escrito supunham-se capazes de causar tanto estrago foi a
pá de cal: todo mundo notou
que essa história toda não passava de uma trama policial, e
não das melhores. O cinema
ainda tem seu poder.
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