São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Última Moda VIVIAN WHITEMAN, em Londres - ultima.moda@grupofolha.com.br O discurso da rainha NOIVA DO PRÍNCIPE WILLIAM, KATE MIDDLETON É GRANDE INFLUÊNCIA DA SEMANADE MODA DE LONDRES "God Save the queen/ She ain't no human being" (Deus salve a rainha/ Ela não é um ser humano). A letra do clássico punk dos Sex Pistols, lançada em 1977, não poderia estar mais certa. A rainha, especialmente na Inglaterra, não é uma pessoa. É um espectro, uma autoridade, uma força capaz de representar a existência dos britânicos como nação. Elizabeth 2ª está velha e ultrapassada, e o poder do manto recai sobre Kate Middleton, a noiva do príncipe William. Na semana de moda de Londres, que terminou na última quarta-feira, o discurso da nova encarnação da rainha pôde ser lido nas principais coleções da temporada. O grande burburinho deste inverno 2011 ficou por conta do desfile da Issa, da brasileira Daniella Helayel. Misturando referências da realeza britânica com seu charme tropical, a estilista mostrou quais são os clássicos segundo a futura manda-chuva. Kate é cliente fiel da Issa: os vestidos de cintura marcada e tecidos brilhosos da marca são a chave do guarda-roupa da moça, que usou um modelo da grife na cerimônia de seu noivado. A foto oficial, com o look azul acinturado de mangas compridas, já está estampada em jogos de chá, toalhas, pratos e outros suvenires. E Daniella tem aproveitado a força do "fantasma". Não só o modelo específico está esgotado, como comprar roupas da Issa se transformou numa maneira de compartilhar o novo "esplendor" de Kate -como que por encanto, ela ganhou status sobre-humano quando botou no dedo o anel do futuro rei. Sombras da rainha também apareceram nos ovos Fabergé de Mary Katrantzou, no vestido de "cristal" de Christopher Kane e no casual-real da Mulberry (grife inglesa que deixou a semana de moda de Nova York para voltar à passarela londrina). O novo "dress code" da corte também esteve na Burberry, com seu impecável desfile de capas e casacos, mantos grifados e consagrados. No final, as "rainhazinhas" caminharam sob uma nevasca artificial, anunciando seu domínio sobre a temporada de inverno inglesa. LONDON, LONDON O azul-Middleton (entreo marinho e o safira, mesmo tom do vestido de noivado de Kate) é um dos hits da primeira coleção da grife londrina Sophia Kah, comandada pela brasileira Camila Meca e pela portuguesa Ana Teixeira Souza. A marca, especializada em vestidos-coquetel, caiu nas graças das socialites locais e já é vendida nas multimarcas de luxo Feathers e Harvey Nichols. Diva real A top maquiadora Charlotte Tilbury assinou a beleza do desfile da grife Issa na semana de moda londrina. Amake foi toda feita com produtos Eudora, nova marca do Grupo Boticário. Nos olhos, tons de marrom e dourado; nos lábios, muito gloss. FOLHA.com ILUSTRADA BLOG ÚLTIMA MODA Veja novidades da temporada internacional outono-inverno 2011 folha.com/ultimamoda SEMANA DE MODA DE NOVA YORK Na temporada de inverno de Nova York, que terminou na semana passada, a Calvin Klein inscreveu sua participação, sempre um pouco à parte das tendências gerais, com dois desfiles bastante conectados entre si. A linha masculina, desenhada por Italo Zuccelli, trabalhou com o conceito de proteção, criando silhuetas e looks que não só serviam de segunda pele, mas também de segundos "músculos" para os modelos. Fazendo uso do vocabulário esportivo, o designer usou a moda como artifício para simular os efeitos do próprio esporte na realidade do corpo (como braços mais fortes e definidos). Na linha feminina, o brasileiro Francisco Costa seguiu a mesma linha, com ainda mais rigor e destreza nas construções. Mas, desta vez, além das linhas muito limpas e poéticas, evocadoras de uma certa fragilidade não adocicada, as texturas também se sobressaíram na coleção. As peles e couros foram levemente esfarrapados e apareceram também como elementos de finalização, dando peso rústico ao minimalismo da grife. É como se Costa chegasse à conclusão de que o corpo, afinal, não pode ser tão "liso" e contém sua dose de animalidade estética. com PEDRO DINIZ Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Cinema - Crítica/Drama: "Poesia" é viagem felizmente prosaica ao mundo poético Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |