São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Músicos acusam Sinfônica Brasileira de assédio moral

Instrumentistas boicotam avaliações marcadas pelo diretor, Roberto Minczuk, e Fundação fala em demissões

Comissão de músicos acusa direção da OSB de rasgar estatuto da Fundação e ter postura autoritária

FELIPE CARUSO
DO RIO

Os músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) pretendem processar a direção da Fundação OSB por assédio moral.
A acusação se baseia em um documento "bastante duro", segundo os músicos, recebido após a decisão do grupo de não comparecer a avaliações técnicas marcadas pelo maestro e diretor técnico Roberto Minczuk.
Nele, a direção da OSB afirma que a ausência no teste pode causar rompimento do contrato de trabalho. Apresenta ainda um programa de demissão voluntária.
Em janeiro, os 82 integrantes da orquestra receberam um comunicado informando que em 60 dias seriam avaliados internamente, fato inédito na história da orquestra.
A realização de testes internos é rara e acontece em momentos de reformulação profunda de uma orquestra, a exemplo da reforma da Osesp, feita por John Nes- chling em 1997.
Em reunião no Sindicato dos Músicos do Estado do Rio, da qual participaram 58 dos 82 músicos, 56 decidiram não participar do teste. Eles afirmam não ser possível avaliá-los com base em um desempenho de 30 minutos.
"Discordamos do modo autoritário como a administração nos trata, rasgando o estatuto da Fundação", disse Luzer Machtyngier, presidente da comissão de músicos da OSB.


Texto Anterior: Canadense concorre ao Oscar com narrativa sobre a ira
Próximo Texto: Outro lado: Teste é nova fase da orquestra, diz presidente
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.