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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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FRINGE

"O Homem que Não Dava Seta" retrata fragmentação

Galpão apresenta fruto de oficina

VALMIR SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

Com centenas de estudantes ou recém-formados em artes cênicas transitando por Curitiba, a participação de um projeto de formação com a chancela do grupo Galpão constitui uma bússola e tanto.
O drama "O Homem que Não Dava Seta", que entra hoje na programação do Fringe, é resultado do quinto Oficinão que o grupo de Belo Horizonte realizou no ano passado no Cine Horto.
Pela quarta vez consecutiva, o núcleo de dramaturgia do Oficinão criou um texto para ser interpretado por atores que também passaram pelas aulas ministradas ora por integrantes do próprio Galpão, ora por convidados. Luís Alberto de Abreu coordena a dramaturgia.
Chico Pelúcio é um dos cúmplices pelos 20 anos do Galpão, grupo que nasceu nas ruas e ganhou os palcos internacionais a partir de "Romeu e Julieta" (1992).
"A peça nasce da fragmentação da vida contemporânea, refletida na velocidade das informações e na violência cotidiana", diz Pelúcio, 43. São 13 atores em cena.
Esse universo urbano é retratado com apoio da linguagem cinematográfica. São projetadas imagens (pelo videasta André Amparo), recurso que Pelúcio usou recentemente em "Um Trem Chamado Desejo" (2000).
O núcleo de dramaturgia, que anteriormente abordou gêneros como melodrama e tragédia, é formado por Adriano de Faria, Juliana Antunes, Maria Cristina Andrade, Marcelo Braga, Miguel Anunciação. Segundo o diretor, todas as etapas de criação decorrem de processo colaborativo.
Atualmente, o Cine Horto, espaço mantido pelo Galpão, abriga o sexto Oficinão. Entre os projetos em andamento, estão o "Cena Três por Quatro", que integra novos diretores ou dramaturgos a companhias estabelecidas, e o Festival de Cenas Curtas, que gera espetáculos ou grupos.
O Galpão é patrocinado por Petrobras e Telemig, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.


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