São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2005

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Transações em 2004 moveram US$ 1,9 trilhão

DA REPORTAGEM LOCAL

"Damos as boas-vindas a qualquer ação que possa revitalizar a indústria da música, mas isso só será atingido com uma maior competição, e não com maior concentração. A fusão é um passo atrevido na tentativa de controlar mais facilmente o mercado, reduzindo sua competitividade e as escolhas dos consumidores."
Assim reagiu a Impala (www.impalasite.org), uma das principais associações de gravadoras independentes do planeta, com mais de 2.500 membros, ao anúncio da fusão de Sony e BMG.
Os independentes, juntos, detêm 25% do mercado mundial de venda de discos. A Sony BMG, com sede em Nova York, fica com outros 25%, assim como a californiana Universal. A inglesa EMI e a americana Warner somam o outro quarto.
A fatia menor nesse bolo levou EMI e Warner a tentarem uma fusão em 2000. O órgão regulador europeu foi contra. Em 2003, a EMI tentou nova movimentação, mas desistiu em seguida.
Os processos de fusão ou aquisição registraram volume de negócios de US$ 1,9 trilhão em 2004, reunindo mais de 30 mil empresas, de acordo com a consultoria Thomson Financial. No Brasil, aconteceram 299 transações, segundo dados da consultoria KPMG. "Observando de longe essa fusão, entende-se que a Sony quis agregar segmentos em que a BMG atuava e ganhar volume de vendagem. Os independentes têm muitos mercados de nicho, o que incomoda as grandes", diz Márcio Lutterbach, da KPMG
Na indústria da música, a última grande aquisição aconteceu em 1998, quando a Polygram foi adquirida pela MCA. Daí surgiu a Universal, que se tornou a maior do mundo. (TN)


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