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Transações em 2004 moveram US$ 1,9 trilhão
DA REPORTAGEM LOCAL
"Damos as boas-vindas a
qualquer ação que possa revitalizar a indústria da música, mas isso só será atingido
com uma maior competição, e não com maior concentração. A fusão é um passo atrevido na tentativa de
controlar mais facilmente o
mercado, reduzindo sua
competitividade e as escolhas dos consumidores."
Assim reagiu a Impala
(www.impalasite.org), uma
das principais associações
de gravadoras independentes do planeta, com mais de
2.500 membros, ao anúncio
da fusão de Sony e BMG.
Os independentes, juntos,
detêm 25% do mercado
mundial de venda de discos.
A Sony BMG, com sede em
Nova York, fica com outros
25%, assim como a californiana Universal. A inglesa
EMI e a americana Warner
somam o outro quarto.
A fatia menor nesse bolo
levou EMI e Warner a tentarem uma fusão em 2000. O
órgão regulador europeu foi
contra. Em 2003, a EMI tentou nova movimentação,
mas desistiu em seguida.
Os processos de fusão ou
aquisição registraram volume de negócios de US$ 1,9
trilhão em 2004, reunindo
mais de 30 mil empresas, de
acordo com a consultoria
Thomson Financial. No Brasil, aconteceram 299 transações, segundo dados da consultoria KPMG. "Observando de longe essa fusão, entende-se que a Sony quis
agregar segmentos em que a
BMG atuava e ganhar volume de vendagem. Os independentes têm muitos mercados de nicho, o que incomoda as grandes", diz Márcio Lutterbach, da KPMG
Na indústria da música, a
última grande aquisição
aconteceu em 1998, quando
a Polygram foi adquirida pela MCA. Daí surgiu a Universal, que se tornou a maior
do mundo.
(TN)
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