São Paulo, quarta, 25 de março de 1998

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Passageiro da agonia

FERNANDO BONASSI

Lúcio Flávio Villar Lírio escrevia poesias de não se jogar fora no seu tempo. Depois pensou em ser vereador, porque Juscelino tinha passado perto e lhe dado três tapinhas nas costas. Então ele foi se educar e ficou educado. Mas essas coisas de literatura e política são, no fundo, tudo a mesma... então ele fechou o corpo e foi dar tiro em banco. No começo dividiu com a polícia, depois foi dividido por ela. Acontece que algum desgraçado deve ter metido a mão na guia dele com maldade, de forma que ele morreu e precisou virar filme bom pra descansar em paz.



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