São Paulo, quarta, 25 de março de 1998

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Ambiguidade vem com primeiro ato heróico alemão

da Reportagem Local

A ambiguidade citada por Anselm Kiefer em sua entrevista perpassa também a história da Alemanha, desde o seu início, e tem servido de motivo para algumas obras do artista ("Piet Mondrian - Hermanns Schlacht", de 1976; duas versões de "Wege der Weltweisheit - Hermanns Schlacht, de 1976/1977 e 1978/1980; e "Varus", 1976).
O primeiro ato heróico da nação alemã, ao vencer as tropas romanas na floresta de Tautoburg, em 9 d.C., por exemplo, também pode ser visto como uma fatalidade, já que a independência das tribos alemãs conseguida com a vitória do herói Arminius (Hermann, em alemão) pode não ter sido tão valiosa como a civilização que viria com a conquista pelos romanos, possibilidade que parecia definitivamente afastada até 12 a.C.
O imperador Augusto já havia concordado com a idéia de César de que o rio Reno era uma boa fronteira para o império, mas naquele ano decidiu mandar seu afilhado Nero Claudius Drusus chefiar romanos e gauleses contra os alemães, inimigos de ambos.
Nero morreu em 9 a.C. e foi substituído por seu irmão Tiberius, futuro imperador romano. O avanço romano prosseguiu, mas em 9 d.C. Arminius liderou uma revolta na floresta de Tautoburg e derrotou o governador romano Publius Quinctilius Varus e três legiões romanas, ganhando para si o mito de primeiro herói da Alemanha. (CF)



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