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Ambiguidade vem com primeiro ato heróico alemão
da Reportagem Local
A ambiguidade citada por Anselm Kiefer em sua entrevista perpassa também a história da Alemanha, desde o seu início, e tem
servido de motivo para algumas
obras do artista ("Piet Mondrian -
Hermanns Schlacht", de 1976;
duas versões de "Wege der Weltweisheit - Hermanns Schlacht, de
1976/1977 e 1978/1980; e "Varus",
1976).
O primeiro ato heróico da nação
alemã, ao vencer as tropas romanas na floresta de Tautoburg, em 9
d.C., por exemplo, também pode
ser visto como uma fatalidade, já
que a independência das tribos
alemãs conseguida com a vitória
do herói Arminius (Hermann, em
alemão) pode não ter sido tão valiosa como a civilização que viria
com a conquista pelos romanos,
possibilidade que parecia definitivamente afastada até 12 a.C.
O imperador Augusto já havia
concordado com a idéia de César
de que o rio Reno era uma boa
fronteira para o império, mas naquele ano decidiu mandar seu afilhado Nero Claudius Drusus chefiar romanos e gauleses contra os
alemães, inimigos de ambos.
Nero morreu em 9 a.C. e foi
substituído por seu irmão Tiberius, futuro imperador romano. O
avanço romano prosseguiu, mas
em 9 d.C. Arminius liderou uma
revolta na floresta de Tautoburg e
derrotou o governador romano
Publius Quinctilius Varus e três legiões romanas, ganhando para si o
mito de primeiro herói da Alemanha.
(CF)
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