DA ENVIADA ESPECIAL A HOUSTON

A venda da coleção de Adolpho Leirner causou protestos quando foi anunciada, em março passado. Alguns artistas e curadores brasileiros se manifestaram contrários à saída das obras do país. "Paulatinamente, várias coleções estão sendo pinçadas", diz a crítica Aracy Amaral.
Nenhuma das partes revela o valor da negociação do conjunto, que reúne Lygia Clark, Hélio Oiticica, Volpi, Sergio Camargo, Waldemar Cordeiro e Cícero Dias, entre outros.
"Jamais quis dispersar essa coleção, nunca vendi uma obra. Durante dez anos ela foi oferecida por obrigação para instituições de onde ela nasceu", contou Leirner, durante o evento de abertura.
De acordo com Leirner, uma cláusula da transação prevê prioridade do Brasil no empréstimo de obras.
"É bom para o Brasil ter seus artistas reconhecidos fora do país. Se a arte brasileira não é muito apreciada aqui é porque não há muitas obras nos EUA. Como as pessoas vão conhecer se elas não podem ver?", questiona Peter Marzio, diretor do MFAH.
Após trabalho de conservação e limpeza, a mostra deve excursionar pelos EUA e Europa.


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