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Prefeitura recusa prestação de contas por despesas irregulares da fundação
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal de
Cultura, Carlos Augusto Calil,
enviou ofício à Fundação Bienal, anteontem, recusando parte da prestação de contas da
instituição, referente ao repasse anual realizado pelo município de São Paulo.
Em 2006, a prefeitura entregou R$ 1,7 milhão à Bienal. Desse total, a secretaria considerou
que R$ 556 mil foram despesas
comprovadas de forma irregular ou que não estavam de acordo com o plano de trabalho
aprovado pelo secretário.
No primeiro caso, por exemplo, há um comprovante de
compra de cadeira emitido em
nome de pessoa física, quando
seria necessário que os gastos
fossem em nome da Fundação,
sendo que a entrega da cadeira
discriminada ainda foi feita para um endereço particular. No
segundo, estão gastos com a
"Bien'Art", não aprovados por
Calil, no início de 2006, por não
querer dar subsídios públicos
para a revista, segundo sua assessoria de imprensa. A orientação é a de que os gastos fossem realizados com projetos e a
curadoria da 27ª Bienal.
Calil está também penalizando a Bienal por não ter aplicado
o dinheiro repassado, como
ocorreu nos anos anteriores,
segundo sua assessoria. O secretário pediu o reembolso do
valor que seria correspondente
à aplicação do valor repassado.
De acordo com ofício, a Bienal
tem dez dias para regularizar a
prestação de contas ou devolver o dinheiro correspondente,
mais o reembolso por não ter
aplicado o dinheiro.
Em entrevista à Folha, na última sexta, Pires da Costa, presidente da Bienal, disse que iria
apresentar nova prestação de
contas: "Há casos que são notas
em inglês e foi pedida a tradução, o que vamos fazer".
(FC)
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