São Paulo, sexta-feira, 25 de maio de 2007

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Crítica

Woody Allen filma a cegueira dos diretores

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Dirigindo no Escuro" (Telecine Cult, 23h45) não é um filme inteiramente bem-sucedido, na medida em que não está à altura do conceito que Woody Allen pretende desenvolver.
A história diz respeito a um diretor de cinema que tem uma crise de cegueira bem no momento em que começa a fazer um filme. Quer dizer, Woody pretende nos dizer que, hoje em dia, não faz muita diferença o diretor ver ou não as coisas: no fundo, a maioria da categoria é composta de cegos.
O "qualquer coisa" cinematográfico pode ser espantoso. O brasileiro pode ser um pouco mais (parece que sempre exorbitamos nos defeitos). Este é o caso das honrarias recebidas por "A Festa de Margarette" (Canal Brasil, 9h30), singela tentativa de mimetizar as antigas comédias burlescas mudas.
Um filme mudo no século 21? Por quê? É mais ou menos que nem adotar a carroça como meio de transporte nos dias de hoje: ou você é um gênio, ou não funciona.


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