São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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Crítica

Começo de "Cleópatra" é apaixonante

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que parece mais ter entusiasmado Júlio Bressane em "Cleópatra" (Canal Brasil, 22h, não indicado para menores de 16 anos) foi o encontro entre César e Cleópatra, Roma e Egito, Ocidente e Oriente.
Apenas César tem a dimensão dessa troca, da riqueza que ela implica, da aventura que sugere. Tudo isso parece perder-se com o assassinato de César e a chegada de Marco Antônio ao Egito. Sua relação com Cleópatra, por apaixonada que seja, é meramente epidérmica.
Toda a diferença está aí: Marco Antônio não entende o Egito, nem sua cultura, nem nada. Cleópatra é apenas uma mulher atraente, para ele. Júlio Bressane não se interessa por ele, na verdade, ou apenas superficialmente. Daí, talvez, por isso a primeira parte de "Cleópatra" ser apaixonante, e a segunda, muito menos.
Também hoje, a não perder, "Boogie Nights - Prazer sem Limites" (VH1, 23h30, não indicado a menores de 18 anos), sobre os primórdios da indústria pornô, ainda o melhor filme de Paul Thomas Anderson.

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