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CINEMA
Polêmico, o documentário "Fahrenheit 9/11" tem maiores vendas em NY
Moore estréia nos EUA com recorde
DA REDAÇÃO
Após o reconhecimento no exterior, com a Palma de Ouro no
Festival de Cannes, em maio último, o cineasta Michael Moore estréia hoje seu "Fahrenheit 9/11"
nos Estados Unidos, buscando os
louros em sua própria casa.
Se o diretor se basear no burburinho e nas vendas antecipadas de
ingressos, o documentário terá
sucesso garantido. Em Nova
York, foram disponibilizadas, ontem, entradas em dois cinemas,
que arrecadaram US$ 79 mil (cerca de R$ 247 mil), segundo a distribuidora, quebrando os recordes de primeiro dia de venda em
ambos os espaços.
"Fahrenheit 9/11", que critica
duramente o governo de George
W. Bush e a guerra no Iraque, estréia oficialmente hoje em 868 cinemas nos EUA, mais de três vezes o número de salas de seu anterior, "Tiros em Columbine", com
o qual ganhou o Oscar de documentário no ano passado.
A expectativa com relação à bilheteria é alta, mesmo ele tendo sido classificado como "R" ("restrito"), fato que proíbe a venda de
ingressos a menores de 17 anos
sem acompanhamento dos pais,
por causa de "imagens e linguagem violentas e perturbadoras".
Para a campanha de marketing,
sem precedentes até hoje para o
gênero documental, foram destinados mais de US$ 10 milhões.
Na última quarta-feira em Washington, cerca de 800 convidados,
a maioria simpática ao Partido
Democrata (da oposição), foram
à pré-estréia e elogiaram o documentário. Já a Casa Branca disse,
por meio de seu porta-voz, Dan
Bartlett, que o filme "é escandalosamente falso". Anteriormente,
os republicanos já haviam sabatinado o filme como "injusto".
Durante o evento na capital
norte-americana, Moore disse esperar que o documentário estimule as pessoas a votar nas eleições, em 2 de novembro. "Se com
o longa alguns dos 50% dos eleitores que não votaram se envolverem novamente na política do
país, então o filme terá feito algo
importante", declarou.
Não só pela temática o filme gera controvérsia. O escritor de ficção científica Ray Bradbury, 83,
pediu publicamente, no dia 18,
que Moore troque o nome de seu
documentário. Segundo ele, o cineasta tomou o título emprestado
de seu romance "Fahrenheit 451"
(1953). A assessoria de Moore diz
que o escritor é uma inspiração,
mas que o título faz referência a
acontecimentos reais.
No Brasil, o filme tem lançamento previsto em 16 de julho.
Com agências internacionais
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