Coralie Clément se apresenta no Sesc Pompeia

BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL

De voz suave, quase frágil, a francesa Coralie Clément soa mais próxima ao pop de Carla Bruni do que ao experimentalismo de Camille. Nem tão conhecida quanto às duas cantoras francesas por aqui, Coralie vai do pop ao rock e flerta com a bossa nova.
"Se as letras são um pouco tristes, ao menos que a música seja mais leve", disse à Folha a cantora, que lembra intérpretes hoje clássicas, como Jane Birkin e Françoise Hardy. Depois de um show no Bourbon Street anteontem, Coralie se apresenta no Sesc Pompeia amanhã e sábado, como parte da programação do Ano da França no Brasil.
Acompanhada por um pianista e um guitarrista, a francesa reúne canções de seus três discos e apresenta o último, "Toystore", do qual deve cantar "Je Ne Sens Plus Ton Amour", parceria com Etienne Daho, e "Sono Io", gravada com Chiara Mastroianni. "O nome explica o conceito do álbum", diz Coralie. "Usamos vários instrumentos de brinquedos, como a melódica e o ukulele."
Lançado neste ano, o disco foi produzido por seu irmão, o músico, cantor e compositor Benjamin Biolay, que se apresentou no Brasil no ano passado. Foi Biolay que descobriu na irmã uma intérprete, quando ela começou a cantar, despretensiosamente, suas composições. "Ele compõe e escreve para mim, me conhece muito bem. É como se fosse o diretor do filme, e eu, a atriz."