São Paulo, quinta-feira, 25 de junho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

Irmãos Marx destroem convenções e militarismos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma das frases mais felizes do Maio de 68 foi "Eu sou marxista, tendência Groucho". Quem assistir "O Diabo a Quatro" (TCM, 14h; 12 anos) entenderá de imediato. Groucho não prega nem faz revolução.
Com trocadilhos, multiplicando o sentido das palavras, acrescentando-lhes um andar desabusado, o charuto à mão, subverte a lógica do mundo em que vivemos a cada instante e se legitima como líder incontestável dos irmãos Marx.
Neste filme, aliás, ele não é só o líder de seu grupo. É também escolhido para liderar um obscuro país da Europa. O que faz a poder de máximas memoráveis, sapateando sobre convenções e militarismos.
Ninguém estranhará que essa comédia acabe em guerra. Ninguém adivinhará como a guerra acaba. Os Marx destroem tudo, inclusive a intriga dos deliciosos filmes que avacalham, digo, em que trabalham.


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