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ARTES CÊNICAS
O ator retorna agora à peça do alemão Georg Büchner que foi uma de suas primeiras incursões no teatro
Nachtergaele volta a "Woyzeck" após 12 anos
DO ENVIADO ESPECIAL
"Woyzeck", peça inconclusa do
alemão Georg Büchner (1813-37),
foi das primeiras aventuras profissionais de Matheus Nachtergaele no teatro. Em 90, ele atuou
na montagem dirigida pela recém-formada Cibele Forjaz, sob
dramaturgia de Antônio Araújo.
Doze anos depois, ator e diretora
se reencontram para o projeto
"Woyzeck, o Brasileiro".
"É texto de abismo, que precisávamos retomar com menos ingenuidade e mais amargura", diz
Nachtergaele. Forjaz, 35, concorda. Escrita em 1837, "Woyzeck" é
"peça-carrapato" em suas carreiras, como o foi para os expressionistas, os surrealistas, para o teatro do absurdo e para Brecht.
Da leitura de 90, permanece o
trabalho como espinha dorsal.
Soldado no texto original, Franz
Woyzeck é convertido a operário
de olaria na dramaturgia de Fernando Bonassi. Ele se oferece como cobaia dos experimentos de
um médico e perde a correção do
viver quando a mulher o trai.
Para a diretora, a montagem de
"Woyzeck" reflete a diversidade
do Brasil. Congrega artistas de
São Paulo, Rio, Paraíba, Pernambuco e Moçambique.
Os paraibanos Everaldo Pontes,
Nanego Lira e Soia Lira e Marcélia
Cartaxo, o moçambicano radicado no país Rui Polanah e o carioca
Leandro da Hora (filme "Cidade
de Deus") são exemplos dessa
confluência.
(VS)
WOYZECK, O BRASILEIRO - De: Georg
Büchner. Direção: Cibele Forjaz. Com:
Matheus Nachtergaele, Servílio de
Holanda, Fabiano Costa. Onde: teatro
Casa Grande (av. Afrânio de Melo Franco,
290, Leblon, tel. 0/xx/21/ 2239-4046).
Quando: pré-estréia para convidados no
dia 15/8, às 21h; de qui. a sáb., às 21h;
dom., às 19h. Quanto: de R$ 10 a R$ 30.
Patrocinadores: BrasilTelecom e
Eletrobras
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