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RUÍDO
Trama prepara novos conceitos de CD e DVD
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
"Não queremos continuar
vendendo CD." A frase é de um
dos presidentes da Trama, João
Marcello Bôscoli, que diz que
aquele é "um formato que está
morrendo". A gravadora desenvolve, então, o que chama de um
"parque de DVDs". E se prepara
para entrar no novo formato Super Audio CD.
Bôscoli ataca o formato utilizado hoje pela indústria, de gravar shows dos artistas e lançar
simultaneamente em DVD e
CD. "As barbaridades da indústria me enojam. Pensam que o
DVD é o futuro e se esquecem
de pensar em qual será o formato do ano que vem", critica.
O primeiro DVD da Trama, de
Claudio Zoli, trará show, clipes,
letras cifradas e um documentário de 15 minutos sobre o soul
man carioca. Ao mesmo tempo
sai um CD com remixes e faixas
ao vivo -essas, no entanto, não
serão as mesmas do DVD.
Tom Zé também terá seu primeiro DVD lançado neste ano.
Incluirá o show "Jogos de Armar" e abundantes depoimentos do artista. Não haverá CD
correspondente -Tom Zé já está preparando disco inédito.
E a Trama diz que finaliza negociações com a Universal para
reeditar clássicos da MPB de seu
catálogo. Isso incluiria a adaptação para DVD com imagens raras dos artistas escolhidos, que a
Trama mantém em segredo.
Sobre o Super Audio CD, Bôscoli diz que o formato permite o
dobro de resolução de um CD
normal. O plano inicial é adaptar a novos padrões tecnológicos clássicos que o filho de Elis
Regina e Ronaldo Bôscoli conseguir licenciar na Universal.
NÃO-LANÇAMENTO
Cátia de França veio ao
mundo da música como
compositora mulher dentro
de uma geração de homens
fortes nordestinos -Zé Ramalho, Fagner, Belchior, Alceu Valença etc. Paraibana,
foi autora de sucessos daquela turma como "Kukukaya" (por Elba Ramalho e
Geraldo Azevedo) e "Coito
das Araras" (por Amelinha).
Mas também era cantora, o
que mostrou neste "20 Palavras ao Redor do Sol", de
1979. As composições eram
ferrenhas, a voz agreste também. A CBS (hoje Sony Music) lançou na época, para
nunca mais. Ela continua
trabalhando em música, lá
de seu cantinho. A indústria
fonográfica está em crise.
AGOSTO MUITO NEGRO
O festival "Agosto Negro", da
Prefeitura de São Paulo, terá
sua maior edição em 2003. O
painel de shows (que
acontecerão em 34 pontos do
centro, de bairros e da
periferia) promete um "quem
é quem" do hip hop nacional,
com Thaíde, 509-E, RZO,
DMN, Rappin" Hood, Z'África
Brasil, os cariocas MV Bill e
Nega Gizza e vários outros.
RAINHA QUELÉ
E Clementina de Jesus virou
nome de selo. As
independentes cariocas
Biscoito Fino e Acari se unem
para criar o selo Quelé, que
lançará discos inéditos de
Paulo César Pinheiro
(homenageado do Prêmio
Shell deste ano) e Elton
Medeiros e um projeto
dedicado ao samba sincopado,
com os novos sambistas Pedro
Paulo e Alfredo del Penho.
CLEMENTINA ESTÁ AQUI
Outro trunfo do selo Quelé
será a primeira reedição em
CD do raríssimo "Clementina,
Cadê Você?", que a matriarca
tardia da MPB lançou em 1970
com o Museu da Imagem e
Som do Rio de Janeiro.
psanches@folhasp.com.br
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