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Westwood criou estilo e quebrou regras
ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
Na história da moda, os homens são os grandes criadores-inventores: Poiret, Balenciaga, Dior, Saint-Laurent, Courrèges, Yohji Yamamoto... Mas são as mulheres as principais revolucionárias: a francesa Coco Chanel e as britânicas Mary Quant e Vivienne Westwood.
Chanel criou a imagem da mulher moderna, pronta para a vida do trabalho e a das metrópoles, no alvorecer do século 20. Mary Quant introduziu o pop e o sensualidade desencanada na moda com a explosão juvenil da década de 60. Westwood quebrou as regras da elegância burguesa com sua rebelde estética punk, nos anos 70.
Com Westwood, a moda virou crítica da moda e da sociedade -uma atitude política. Inspirada pelo rock, pelo underground e pelos situacionistas, cada roupa sua era um desafio e uma provocação ao establishment, às normas da sexualidade e às regras da beleza.
Nascida em 1941, ela encontrou McLaren em 1965, com quem atuou até 1983. É o período mais interessante de Westwood, fruto do diálogo com o espírito inquieto de McLaren. Sua loja em King's Road, em Londres, foi o centro irradiador de uma nova atitude na moda e também na vida.
Aos 66 anos, Westwood, que atualmente desfila em Paris, continua a impressionar a moda, com o seu imperturbável charme transgressor.
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