São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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Mulheres levam beleza e graça ao "CQC"

Argentina Ernestina Pais e brasileira Monica Iozzi contam como é fazer humor em um meio dominado por homens

Apresentadora argentina é filha de militante sequestrado pela ditadura do país; repórter brasileira foi agredida por deputado

DE SÃO PAULO
DE BUENOS AIRES

Ernestina Pais, 38, ocupa a bancada do "CQC" argentino desde o início de 2009. Vestiu terno para substituir o fundador do programa.
Uma tragédia forjou o jeito desenvolto. O pai, militante de um grupo armado de esquerda, foi sequestrado pela ditadura argentina e sumiu. "Me sentia abandonada. Eu era engraçada para chamar a atenção. Da dor, nasce esse tipo de personalidade."
Personalidade que Monica Iozzi, 28, conheceu há um ano, quando chegou ao final de um concurso que escolheu mais um membro do "CQC" brasileiro. "Aí fui ver quem ela era no YouTube."
Formada em artes cênicas, Monica não quer ser atriz quando está em Brasília."Questiono, como o povo, coisas que eu quero saber."
Ficou "muito assustada" com a agressão física que sofreu do deputado Nelson Trad (PMDB-MS), em junho. "Mas muita gente não vai votar mais. Beleza."
Apesar do que "já ouvia", se surpreendeu com o "tanto de interesses [escusos] em Brasília". Mas faz uma ressalva: "Tem pessoas boas lá".


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