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Inglês renovou criação de HQs nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Percebido pelo grande público americano a partir de "Shade
- O Homem Mutável", lançada
no início dos anos 90 pela DC,
Peter Milligan, 39, é considerado um dos pioneiros no que se
convencionou chamar de "HQs
americanas para adultos".
Assim como fizeram mais ou
menos na mesma época seus
conterrâneos Neil Gaiman e
Alan Moore, contratados pela
editora para reformular antigos
personagens, Milligan fez de
"Shade", criada originalmente
por Steve Ditko, nos anos 70,
uma história de violência, loucura e com uma boa dose de críticas à sociedade americana.
Logo em seguida criou "Enigma", minissérie ultraviolenta
que lidava com homossexualismo e pansexualismo já nos primeiros meses de vida do então
recém-criado selo DC/Vertigo,
que agora completa dez anos.
De lá para cá foram vários os
roteiristas britânicos que viram
seus trabalhos cruzarem o oceano em direção às grandes editoras americanas. Entre eles, Warren Ellis, Garth Ennis e Grant
Morrison, quase todos, assim
como Milligan, ligados à lendária "2000 AD", revista de ficção
científica que lançou vários quadrinistas ingleses nos anos 80.
O sucesso foi tamanho que estão hoje na mão desses mesmos
nomes alguns dos principais títulos da Marvel. "Nos EUA, ao
contrário da Grã-Bretanha, personagens de HQs são
verdadeiros ícones culturais.
Talvez por isso estejamos mais
aptos a brincar e a lançar novos
olhares sobre velhos assuntos e
personagens", diz Milligan.
(DA)
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