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São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2003

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Inglês renovou criação de HQs nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Percebido pelo grande público americano a partir de "Shade - O Homem Mutável", lançada no início dos anos 90 pela DC, Peter Milligan, 39, é considerado um dos pioneiros no que se convencionou chamar de "HQs americanas para adultos".
Assim como fizeram mais ou menos na mesma época seus conterrâneos Neil Gaiman e Alan Moore, contratados pela editora para reformular antigos personagens, Milligan fez de "Shade", criada originalmente por Steve Ditko, nos anos 70, uma história de violência, loucura e com uma boa dose de críticas à sociedade americana.
Logo em seguida criou "Enigma", minissérie ultraviolenta que lidava com homossexualismo e pansexualismo já nos primeiros meses de vida do então recém-criado selo DC/Vertigo, que agora completa dez anos.
De lá para cá foram vários os roteiristas britânicos que viram seus trabalhos cruzarem o oceano em direção às grandes editoras americanas. Entre eles, Warren Ellis, Garth Ennis e Grant Morrison, quase todos, assim como Milligan, ligados à lendária "2000 AD", revista de ficção científica que lançou vários quadrinistas ingleses nos anos 80.
O sucesso foi tamanho que estão hoje na mão desses mesmos nomes alguns dos principais títulos da Marvel. "Nos EUA, ao contrário da Grã-Bretanha, personagens de HQs são verdadeiros ícones culturais. Talvez por isso estejamos mais aptos a brincar e a lançar novos olhares sobre velhos assuntos e personagens", diz Milligan. (DA)


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