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"Próximo disco será pesado", diz Fabrizio Strokes
DO ENVIADO A CHELMSFORD
"Hoje acaba. Agora, antes de
lançarmos o terceiro disco, só
nos apresentaremos ao vivo no
Brasil."
A pergunta sobre shows no
Brasil ainda estava guardada
quando o baterista Fabrizio
Moretti, da banda norte-americana Strokes, soltou à Folha a
afirmação acima, hora e meia
antes de o grupo fechar o V
Festival com o show cuja expectativa levou a esgotar os ingressos do sábado em tempo
recorde -o festival aconteceu
no sábado e no domingo.
"Pode marcar aí. É um compromisso muito sério com os
fãs brasileiros e latinos em geral, que pretendemos levar
adiante. Vamos tocar no Brasil
ainda no final deste ano ou, se
der errado, no comecinho do
próximo", afirmou Moretti,
que vive em Nova York desde
pequeno, mas nasceu no Rio de
Janeiro.
"É um absurdo a quantidade
de pessoas que gostam dos
Strokes na América do Sul e
contatam nosso website. Mais
absurdo ainda nunca termos
tocado para esse público."
Moretti falou que dois promotores do Brasil apresentaram propostas para a ida dos
Strokes ao Brasil. Um deles de
uma rádio. E, segundo Fabrizio
e também o vocalista Julian Casablancas, que participou depois da conversa, uma dessas
propostas deve vingar.
Os Strokes agora voltam a
Nova York para gravar o terceiro álbum, previsto para ir às lojas por volta de maio de 2005.
"Nenhuma música está
pronta ainda", disse o baterista.
"Temos apenas algumas idéias
de canções, alguns trechos delas desenvolvidos, mas vamos
finalizá-las no estúdio, quando
voltarmos a Nova York. Mas dá
para dizer que as músicas parecem bem mais pesadas que as
dos outros discos. Deve sair um
álbum muito pesado, eu acho.
Cheio da mesma coisa de paixão, amor. Mas pesado."
Mas um outro produto Strokes será lançado antes do sucessor de "Room on Fire". Em
outubro será editado (inclusive
no Brasil) o CD "Live in London", tirado de apresentação
da banda em dezembro passado no Alexandra Palace, casa
de shows da capital inglesa. A
gravação é da rádio BBC.
"Eu sei que uma banda com
apenas dois discos resolver lançar um ao vivo pode parecer
pretensão, mas a atmosfera
desse show foi tão incrível que
gostaríamos de dividi-la de alguma forma com os muitos fãs
que não conseguiram ingresso
para esses shows. E o disco ao
vivo ainda vai ter um preço
mais baixo que o de um CD
normal", justificou Moretti.
No próximo dia 20 sai na Inglaterra o single de "The End
Has No End". O disco terá como extra -o chamado lado
B- o cover ao vivo de "Clampdown", do lendário grupo
punk inglês The Clash. O cover,
tocado no show do V Festival,
vai estar no disco ao vivo dos
Strokes.
"Todos da banda adoram o
Clash. Começamos a tocar essa
música de farra, nos shows. E,
como os ingleses não reclamaram, vamos botá-la no disco",
brincou o baterista.
Os Strokes têm tocado em
suas apresentações um outro
cover, de "A Salty Salute", da
banda indie americana Guided
by Voices. Mas essa versão não
deve constar no disco ao vivo.
(LR)
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