Paulista Danilo Beyruth é um dos nomes promissores das HQs

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

Danilo Beyruth tinha 34 anos quando lançou seu primeiro gibi, "Necronauta", em 2007. Na época, tirava cópias e distribuía a revistinha de 12 páginas sozinho.
Hoje, aos 37, o paulista é um dos nomes promissores dos quadrinhos nacionais com o lançamento de "Bando de Dois" (editora Zarabatana).
A mudança de status é consequência de anos de preparação, enquanto ele trabalhava no mercado de ilustrações.
Fã de quadrinhos, Beyruth visitou diversos eventos da área, nacionais e internacionais, antes de produzir. Comprou gibis de diversos estilos, fez amigos e consolidou o sonho de fãs: ver o mercado pelo lado de dentro. "A época é muito propensa, não há mais tantas dificuldades para publicar quadrinhos no Brasil", afirma. "Tento engatar um projeto no outro", diz à Folha.

PINCEL
"Bando de Dois" conta a história de dois sobreviventes de um grupo de cangaço chamados Tinhoso e Cavêra di Boi. Eles decidem resgatar as cabeças dos antigos companheiros de bandidagem. Beyruth desenha com pincel, assim como grandes ídolos tal qual Jack Kirby (1917-1994), de "Capitão América". As áreas em cinza são coloridas no computador. No momento, ele prepara o segundo volume de "Necronauta". E não tem projeto definido para depois. "Surgem ideias, e vou anotando. Tenho uma pilha de caderninhos em casa, vou escolher um novo trabalho quando acabar este."

BANDO DE DOIS

AUTOR Danilo Beyruth
EDITORA Zarabatana
QUANTO R$ 36 (96 págs.)


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