São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Novo disco, recusado por gravadora, traz funk selvagem do Rio e do deserto

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma gravadora deu um teclado novo aos Super Elegantes, e também uma equipe para ajudar a compor um novo disco. Na condição de que voltassem com cinco músicas, mandou todos para um retiro criativo de cinco meses no deserto de Joshua Tree, na Califórnia.
"Quando a gente voltou, perguntaram que drogas a gente tinha fumado o tempo todo, porque todas as músicas eram uma porcaria", conta Milena Muzquiz. Diante do problema, o advogado da dupla correu para anular o contrato. "Eles gostaram de se livrar da gente, e a gente ganhou um teclado novo", comemora Muzquiz.
E foi com o novo equipamento que fizeram as faixas do segundo disco dos Super Elegantes, "Nothing Really Matters", que será lançado na semana que vem, no site www.lossuperelegantes.com. Se comparado ao disco de estréia da dupla, "Channelizing Paradise", de 2002, soa como mais do mesmo: a mistura inusitada de funk carioca, cumbia, chanson française e música eletrônica.
A canção "Fla and Flu", com vídeo já disponível on-line, surgiu de uma temporada da dupla no Rio, onde tomaram banho numa cascata na casa do artista Tunga e se aproximaram mais do funk. "É como as pessoas da favela criam um novo estilo, selvagem", diz Lopez-Crozet.
"Africa", que narra uma festa na selva, traz esses samples funkeados e deve embalar os passos da Gisele amazonense na performance da Bienal, tanto que um dos versos pergunta: "Te sientes funky now?". (SM)


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