São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 2005

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BONEQUINHA DE LUXO

Após fim do megasucesso "Friends", a atriz americana volta sua carreira a produções de Hollywood

Não pretendo voltar à TV, conta Aniston

Divulgação
Jennifer Aniston e Clive Owen em "Fora de Rumo", em que representam um casal que tem um caso


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Mais conhecida pelo jeito meio desajeitado e meigo com que interpretava Rachel Green na TV, Jennifer Aniston aposta que seu personagem em "Fora de Rumo" vai ajudar a deixar sua antiga personagem para trás. "[Lucinda] era algo completamente diferente para mim e eu queria muito fazer."
Seria parte de uma estratégia para mostrar um amadurecimento? "Eu amadureci muito nestes últimos anos e espero que isso se reflita no meu trabalho. Mas pode esperar: eu vou voltar a dar risadas nos próximos filmes." O plano, então, é deixar a TV para trás? "Acho que não vou querer voltar à TV, porque "Friends" foi muito importante", diz, emocionada. "E estou gostando muito de fazer filmes. Sinto-me com muita sorte por ter sido convidada para isso e pretendo continuar enquanto me quiserem."
De fato, Aniston não tem muito do que reclamar. Dos seis atores principais da série, ela é quem tem conseguido os melhores resultados. Sua atuação mais elogiada até o momento foi no drama "Por um Sentido na Vida", de 2002, filme revelado em Sundance, o principal festival do cinema independente dos Estados Unidos.
No início do ano, a atriz participa pela segunda vez do festival. "Friends with Money", no qual atua com Catherine Keener, Frances McDormand e Joan Cusack, abre o evento em 19 de janeiro. "Foi incrível fazer esse filme! Trabalhei com ótimas mulheres e tinha uma energia feminina muito forte por lá", lembra, sobre a mistura de drama e comédia escrita e dirigida por Nicole Holofcener ("Sex and the City"). Outro que chega em 2006 é "The Break Up" (ainda sem título em português), que estréia nos EUA em junho, comédia co-estrelada pelo namorado, Vince Vaughn.
Mas Aniston não depende só dos convites. Enquanto ainda era casada com Brad Pitt, eles fundaram a produtora Plan B Entertainment. Com a empresa, ela garante a chance de financiar projetos que julga interessantes, sejam eles pensados ou não para tê-la no elenco. "É legal fazer essa outra parte também, porque você vai descobrindo que tipo de filmes gosta de fazer e vê também o que não gosta e não quer fazer de novo", comenta a atriz.
Apesar do jeito mais sério com que respondia a algumas perguntas, Aniston tem mais de Rachel do que se possa imaginar. Além de já ter trabalhado como garçonete, se diz muito ansiosa e atribui isso à sua herança grega. "Sou agitada, falo muito e sempre que sirvo comida faço as pessoas comerem tudo e rápido", ri.
Quando volta para o lado pessoal, franze as sobrancelhas, pára um pouco e responde da forma mais simpática que consegue. "Sim, claro que ainda acredito no casamento." O que é mais importante numa relação? "As coisas mais óbvias, confiança, honestidade e amizade." Como foi lidar com tudo que ocorreu no último ano? "Tive coisas más e boas, mas no geral tive um ano muito bom. Não o trocaria por nada. Se não estivesse bem, não estaria aqui."
É este estilo simples de ver as coisas, sem estrelismos, que mantém Jennifer Aniston como uma das pessoas mais queridas do showbizz. "Eu adoro esse sentimento. As pessoas são muito bondosas, carinhosas e me apóiam. Eu me sinto sortuda", diz. Mas tem uma parte do seu passado que a condena: estreou no cinema no sofrível terror "Leprechaun" (1993). Questionada se já fez algum filme de que se arrependa, se esquiva com humor. "Se você não se lembra, eu é que não vou te ajudar." (MARCELO FORLANI)


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