São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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Criada em 1895, Veneza é a mais antiga bienal

DA REPORTAGEM LOCAL

Criada em 1895, a Bienal de Veneza foi a primeira do gênero, com as obras selecionadas por países, no modelo das exposições universais, e em um sistema competitivo, ou seja, com premiação. Atualmente, conta-se cerca de cem bienais de artes plásticas em todo mundo, sendo que a de São Paulo é a segunda mais antiga, criada em 1951.
São Paulo aboliu as representações nacionais em sua última edição, realizada no ano passado sob curadoria de Lisette Lagnado. Veneza é a única que segue com o projeto original, em parte porque as representações nacionais, desde 1907, passaram a ter pavilhões construídos pelos próprios países.
Em 1964, o Brasil foi dos últimos países a construir seu próprio edifício no Giardini. São apenas 34 pavilhões no total. Na 52ª edição da Bienal, que será aberta ao público em 10 de junho, já estão confirmados 86 países. Com curadoria geral de Robert Storr, que trabalhou no MoMA entre 1990 e 2002, a África terá destaque na mostra.
Desde 1993, por um acordo realizado pelo então todo-poderoso Edemar Cid Ferreira, a Fundação Bienal de SP indica os representantes brasileiros em Veneza. A prática seguida foi de que o curador da Bienal de SP indicava também a representação nacional, o que foi rompido neste ano: ao invés de Lagnado, foi indicado o então gerente de exposições Jacopo Crivelli Visconti.
Segundo Manuel Francisco Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal, Lagnado foi descartada pois Crivelli é mais barato e é considerado uma extensão da diretoria.
"Indiquei o Jacopo pois o orçamento da Bienal [passada] foi além do que eu gostaria e em termos de custo ele é mais interessante. Como ele conhece bem o dia-a-dia da instituição, ele vai ser o olho do presidente." (FABIO CYPRIANO)


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