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Criada em 1895, Veneza é a mais antiga bienal
DA REPORTAGEM LOCAL
Criada em 1895, a Bienal de
Veneza foi a primeira do gênero, com as obras selecionadas
por países, no modelo das exposições universais, e em um sistema competitivo, ou seja, com
premiação. Atualmente, conta-se cerca de cem bienais de artes
plásticas em todo mundo, sendo que a de São Paulo é a segunda mais antiga, criada em 1951.
São Paulo aboliu as representações nacionais em sua última
edição, realizada no ano passado sob curadoria de Lisette
Lagnado. Veneza é a única que
segue com o projeto original,
em parte porque as representações nacionais, desde 1907,
passaram a ter pavilhões construídos pelos próprios países.
Em 1964, o Brasil foi dos últimos países a construir seu próprio edifício no Giardini. São
apenas 34 pavilhões no total.
Na 52ª edição da Bienal, que será aberta ao público em 10 de
junho, já estão confirmados 86
países. Com curadoria geral de
Robert Storr, que trabalhou no
MoMA entre 1990 e 2002, a
África terá destaque na mostra.
Desde 1993, por um acordo
realizado pelo então todo-poderoso Edemar Cid Ferreira, a
Fundação Bienal de SP indica
os representantes brasileiros
em Veneza. A prática seguida
foi de que o curador da Bienal
de SP indicava também a representação nacional, o que foi
rompido neste ano: ao invés de
Lagnado, foi indicado o então
gerente de exposições Jacopo
Crivelli Visconti.
Segundo Manuel Francisco
Pires da Costa, presidente da
Fundação Bienal, Lagnado foi
descartada pois Crivelli é mais
barato e é considerado uma extensão da diretoria.
"Indiquei o Jacopo pois o orçamento da Bienal [passada] foi
além do que eu gostaria e em
termos de custo ele é mais interessante. Como ele conhece
bem o dia-a-dia da instituição,
ele vai ser o olho do presidente."
(FABIO CYPRIANO)
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