São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2008

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Crítica

Triste e pesada, Garland dá adeus em "Na Glória..."

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A história que se conta em "Na Glória, a Amargura" (TC Cult, 14h05) não é lá essas coisas: Judy Garland, estrelando aqui seu último filme, faz uma cantora que vai a Londres para uma temporada vitoriosa.
Mas ela está pouco ligando para o público ou para o sucesso. Ela quer é contato com o filho ilegítimo que nasceu de sua união com o pai, Dirk Bogarde. Ela vê o filho. Mas o pai se oporá às relações entre ambos com a força de um vilão.
O filme de Ronald Neame fracassou, o que não é de espantar, com semelhante história. Era preciso ser Douglas Sirk para levantar esse traste e transformá-lo em algo visível.
Mas não é tanto esse o problema, e sim nosso encontro pessoal com Judy. Ela foi, nos anos 30, a garota saltitante de "O Mágico de Oz", depois a mulher bela e ascendente de "Nasce uma Estrela", nos anos 50.
Aqui estamos em 1963. Judy Garland, a magnífica, está triste e pesada. É isso que o papel exige, ok. Mas, sabemos, era isso que ela podia dar. A vida é que lhe pesava.


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